terça-feira, 22 de novembro de 2011

Quem é você?


Já diz aquela música do grupo Resgate "Quem é você? Quase ninguém vê."
Passamos o tempo todo uma imagem que queríamos ser, o que queremos que as pessoas acreditem que somos. Em alguns trechos desse caminho da vida nos vemos em muitas dificuldades, com os obstáculos que surgem. Então chega um engraçadinho e fica azucrinando no ouvido "Você não vai conseguir". Acontece de tudo, de tudo mesmo, parece que tudo isso é pra que desista e daí "pede pra sair".
Algumas vezes as decepções servem para que venhamos crescer. Mas até onde nós crescemos sem que fique algum vestígio de mágoa ou rancor?
A dor faz parte do crescimento, mas uma árvore que cresce com feridas ou bichos alojados em seu tronco, naturalmente não cresce tão saudável assim, claro, ela precisa ser bem tratada, e por vezes não há tempo para tratar dessas feridas, porque outras estão crescendo a sua volta muito rápido.
Vamos colocar assim, somos exatamente como árvores, que precisamos nascer e logo já dar um jeito de cooperar com a oxigenação do mundo, então vamos crescendo e precisamos ser cada vez mais fortes, com belas folhas e mesmo que feridos, temos exalar um delicioso aroma, como o Sândalo, e produtivos, caso contrário, somos apenas mais uma árvore de enfeite.
Em alguma parte da nossa vida esquecemos algumas coisas que deveriam mesmo ser esquecidas e outras nem tanto. A pergunta é. Como recuperar essas coisas valiosíssimas que deixamos escapar? 
Se não há como recuperar, então como adquirir novas preciosidades?
A vida está em constante renovação, de atitudes, sentimentos, planos, projetos até mesmo do caráter. Não é fácil manter nossos princípios onde nos cobram mudanças de opiniões o tempo todo. Mas árvore que tem uma raiz bem firmada na terra, raramente tombará, mesmo que o calor, frios, ventos, tempestades atinjam sua superfície com força, e arranque dela todas as suas folhas. Sua raiz está bem firmada, novas folhas nascerão junto com novos dias. Mas folhas de árvores não nascerão em um gato, assim como, penas de uma ave não crescerão em árvores. 

domingo, 9 de outubro de 2011

Uma morte agonizante

Eu não sei se estou indo muito longe nas minhas observações a respeito do comportamento humano na tão chamada, coisas da vida. Mesmo no mundo virtual, é possível ver em alguns perfis das redes sociais principalmente no facebook  que as pessoas têm medo da companhia da solidão. E tanto na vida real como virtual existem os "grupos". Mas vamos falar de relacionamento.
Confesso que não consegui entender o que vem a ser "fulano está em um relacionamento sério". Não sei se é uma nova forma de dizer "ficar" ou uma nova modalidade de relacionamento. E observando meticulosamente as situações, "ficar" é uma coisa de uma noite só, ou semana... mas pensando bem, hoje se você ver um status  atualizado em "relacionamento sério", amanhã ou em uma semana ele já estará em "solteiro", o que me leva a crer que não é tão diferente assim. Enfim, cada um com seu cada qual. Você entendeu né?!
No fim de um relacionamento, é quando surge a fase Dark, e a pessoa toda vez que escuta aquela música romântica e troca no trecho a palavra "amor" por "ódio", e os despeitados que logo inserem na sua playlist "Tô solteiro", "Beber, cair e levantar", entre outras...
Também tem aqueles que se não "pegar" alguém aqui e ali, ela não vive seu dia, mesmo estando em "um relacionamento sério". Os, popularmente chamados de "galinhas", são figuras interessantes, vejamos por que. Elas tem uma perigosa combinação de sedução e simpatia, isso quando não são bonitas, atraentes e por vezes até educada. Um veneno.
Todo ser humano tem a necessidade de viver em grupo, e principalmente de ter uma certa atenção especial, e não me refiro aquela da mamãe. Mas a de carinho e na maior parte a de satisfação sexual, como a explicação mais atual é a de que todo ser humano se sente mais feliz sexualmente. Então entra a parte do sentimento, sexo por acaso, combinado, por cumplicidade, ou sem noção alguma. Todos os dias as pessoas tentam encontrar fórmulas para se satisfazerem nessa vida curta e corrida. Mas a questão ainda é, o medo da solidão.
Uma pessoa que gosta de ter muitos relacionamentos mesmo que instantâneos, na sua maioria são, centro das atenções, quanto mais retorno tiver em suas investidas, mais seu ego será alimentado, é quase como aquela história dos gremlins, que não podem nem devem ser alimentados depois da meia noite. Elas são criaturas até simpáticas, inteligentes, educadas, atenciosas e fofas, mas também podem ser cruéis.
Você talvez esteja pensando onde quero chegar com isso tudo. Certo agora vou dizer. Se uma pessoa não gosta da solidão, se estiver só por um longo tempo, certamente se sentirá mal, e se ela for o centro das atenções e não mais tiver, se sentirá ignorada. E assim começa uma sessão de tortura, assim que ela percebe que não está mas em evidência, e em destaque, ela começa ficar incomodada, entra na fase de se estrebuchar, em algum momento ela vai parar e pensar, depois dependendo da sua força de vontade, ela vai insistir, não tendo retorno, a pressão aumenta. O estado mental dela já não é mais o mesmo, ele era forte, e agora está se definhando. "O que está acontecendo comigo?"
O cérebro recebe uma informação de revolta, de insatisfação, de depressão, de isolamento, e ela já está perto do fim. E finalmente ela poderá morrer ou se matar. 
Mas não pense que é o fim, sempre terá alguém que também necessite de uma atenção especial, que num momento de fraqueza vai ceder a esses encantos, e os monstrinhos continuam a soltas nas noites de todas as luas.

domingo, 25 de setembro de 2011

Mataram a Isabela

Sinceramente. As vezes eu não sei o que pensar em relação aos programas televisivos. Em alguns momentos eu sinto medo de ligar a TV e de repente dar de cara com algum amigo ensanguentado caído no "asfalto" da BR364. Toda vez que parto pela BR afora, eu sei que se não for por Deus, não será por mais ninguém, a cada animal esmagado na rodovia, penso que poderia ser uma criança, um idoso ou mesmo eu. As pessoas voam como se não tivesse tempo nem para respirar mais. 
Nesses momentos eu escuto aquela pergunta, "Onde está Deus, quando isso tudo acontece aqui?". Eu realmente sei a resposta, por mais que eu especule, eu sei. Acho que algumas pessoas não entenderam ainda o propósito de não haver interferência. Muitos estão mesmo é preocupados com suas panelinhas, que vão alimentar a si mesmo, e o resto que se dane. Mas não vou me aprofundar nisso por agora. 
Mesmo dentro da cidade, andar de bicicleta é como viver as Aventuras de Indiana Jones, a pedrinha escapou aqui e bateu ali, e lá vem o grande espírito ruim da intolerância. E é incrível a rapidez de alguns repórteres, parece até que já tinham previsto aquele acidente. Se bem que pelo caminho que está seguindo, é realmente previsível, nem é preciso ser sensitivo. 
E tem gente que faz de tudo, mas de tudo mesmo, por alguns minutinhos de fama. Um certo dia, assim que cheguei da faculdade, sentei-me em uma cadeira na cozinha e de lá assistia a um programa humorístico, ou  o que restou dele. Naquela ocasião, o programa acabava de começar, apresentando um stand up comedy. O humorista falava sobre aqueles indivíduos detidos, la na delegacia, onde o repórter chega pra conversar ele cobre o rosto e diz "Eu não sei de nada não moço... Eu não tenho nada a declarar". Enquanto o repórter pergunta, por que o camarada fez tal coisa, de onde veio e bla bla bla, o sujeito vai dizendo que não, não, não e não, até que começa a descobrir o rosto e dá o seu show, manda até beijinho pra filhota que está em casa e adora assistir o programa.
Bom! Esses ainda são o de menos né. E se você chegar todo dia do serviço, estressado, cansado, morrendo de fome e quiser a companhia do jornal pro almoço? Imediatamente....
"... O corpo foi encontrado há dois metros da calçada do edifício, apresentava sinais de espancamento e...".
Zapeando...
"... a polícia suspeita que os agressores tenham sido o pai e a madrasta..."
Zapeando...
"... imagens de uma das câmeras internas do prédio mostra que..."
Zapeando e zapeando, e é a mesma coisa. De manhã, de tarde e de noite, o dia todo, a semana, o mês inteiro...  a pobre menina foi morta mais de 600 vezes só em um mês diante de milhares de olhos, mas ninguém denunciou.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O homem do saco virtual

Quem nunca ouviu aquela história do velho do saco, que passava na rua observando os meninos desobedientes e os carregavam.
Naquele tempo, que não está muito longe, qualquer criança tinha medo de colocar os pés na rua sem que o pai estivesse por perto. Um ou dois de repente escapavam, mas ainda sim, tinham fixado nas mentes que se aparecesse alguma figura do sexo masculino com um saco nas costas, era o momento de correr.
Depois do surgimento da TV, os pais passaram a incentivar seus filhos a se sentarem na sala e assistir desenhos para que assim, nenhuma tragédia igual as que são noticiadas nos jornais viesse acontecer com seu precioso rebento. 
Como para os adultos a televisão se atualiza também para os gostos do público infantil, com as novas tecnologias, os desenhos animados ganham novos visuais, seduzindo e induzindo novas fantasias. As crianças se tornavam adolescentes gordos e preguiçosos, e claro, muitas vezes até "burros". Elas acabam perdendo aquela vontade de brincar de pique esconde, para passar o dia em frente a TV enquanto seus pais não chegavam do trabalho.
Há muito, as rádios tocam músicas da parada, atraindo a atenção dos adolescentes. As adolescentes em específico, sintonizavam naquele programa da manhã porque gostavam da voz do locutor ou mesmo das músicas românticas que as faziam embalar, pensando naquele garoto. E com a evolução tecnológica trouxe mp3, Ipod's entre outros aparelhos onde se é possível escutar a música que quiser sem ter que esperar ou ficar escutando um monte de comercial.
Houve quem dissesse que os computadores e a internet acabariam com a TV, o rádio e também o impresso. Mas a cada dia que passa só está fortalecendo seus antecessores.
A única coisa que ainda não mudou com tudo isso, foi o fato de alguém se tocar e dizer para as nossas crianças que nas vias da internet, existe o homem do saco virtual, roubando-lhes a infância e o tempo de convívio social.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Já pra cozinha!

Com o passar dos anos, as mulheres estão buscado cada vez mais a independência financeira. Mas isso ainda não agrada a muitos homens. Parte dos divórcios são consequências, digamos, de um leve machismo. Isso é cultural já que o homem é o provedor da casa, é ele quem sustenta, e está um bocadinho difícil de aceitar que a mulher venha ganhar mais.
A tradicional figura da Amélia dá lugar a uma mulher independente, segura, e bate o martelo não só em casa como também no trabalho.
Muitos homens não suportam ter um chefe de departamento que seja do sexo feminino. Há quem declare abertamente que "lugar de mulher é na cozinha".
Mas vamos refletir. Muitos desses homens, não ficam no cabo de uma enxada por meia hora sem que reclame de calos nas mãos ou de dores nas costas. A coisa vem mudando tanto de figura, que agora eles vão ao salão de beleza, eu não disse barbeiro, mas sim salão de beleza.. fazem a barba, cortam o cabelo, fazem as unhas, modelam as sobrancelhas, depilam o corpo e etc.
Que mulher não gosta de um homem cheiroso e bem cuidado? E que homem não gosta de uma mulher cheirosa com a pele macia?
Ou seja, acabou aquele tempo em que uma mulher era obrigada a aceitar o marido grosso, fedendo e se duvidasse vinha com piolho e carrapato para cama. E mesmo com todas as explicações da ciência, tem homem que ainda acredita que a mulher é a culpada de "dar só filhas mulheres".
Mas, como essas manias tão retrógradas atingiram e atingem todos os dias a nova geração?Infelizmente muitas mulheres tem parte dessa culpa, já que se submetem a determinados caprichos, e se deixam usar. Antigamente uma menina era obrigada a casar aos doze anos, para ser mãe as treze e só o marido podia sentir prazer. Hoje, se é mãe aos onze, depois as doze, e aos treze, cada um com pai diferente, que nunca vão conhecer, porque ela só se divertiu com um cara numa noite de baile funk. O machismo não acabou só está mudando um pouco de figura, mas ainda é o mesmo.
E nem tudo é só tragédia e tristeza. Com o tempo os homens também tem mostrado um lado que nem mesmo eles conheciam. Calma, não tô falando dele virar gay minha gente. E sim daquele homem que tem mais tempo para os filhos, e pilota o fogão sem derrapar nas curvas, tudo bem que muitos ainda são verdadeiros desastres no que se diz, manter a cozinha limpa. Mas vamos concordar. Ver um homem cozinhando, lavando louça e limpando uma casa enquanto a mulher descansa um pouquinho, é tudo de bom né não?!

sábado, 13 de agosto de 2011

Querer não é poder... mas o poder facilita o querer...

Já perdi as contas de quantas vezes escutei essa frase.
De algum modo, tem um pouco de razão para ser.
Vejamos.
Alguns anos era moda colocar calça boca de sino, com o passar do tempo foi ficando ridículo, principalmente para os homens das pernas finas, e os gordinhos então, nem se fala. Então entrou na moda aquela calça de touro, aquelas que apareceram com as músicas sertanejas. O nome tem sua explicação, o touro pra pular aperta-se os bagos, ou apertava, bem.. o que interessa é que você deve ter entendido não é!!!
E a coisa não acaba aí, quem em sã consciência se atreveria a sair com uma calça de pernas curtas, apertadas e coloridas chegando ao fluorescente?
Agora é moda.
Lembro também que quando pequena tinha um cabelo chanel, ousei por a franja pela metade do rosto. As críticas foram tantas, que aquilo era muito feio, que cabelo de uma moça não era pra ser assim, e bla bla bla... Um belo dia o corte aparece na televisão, e o cabeleireiro recomendava que as mulheres e até as mocinhas poderiam usar o cabelo chanel com a franja daquele mesmo jeito. E não deu outra, no dia seguinte na escola, o que tinha de menina com o corte, não foi brinquedo. Só que dessa vez tinham elogios.
E apesar da fértil imaginação das pessoas antigamente, com os macacões prateados no futuro, ainda não faz parte desse presente... valha me Deus!
Muitas pessoas morrem todos os dias. Atropeladas, mortas por um disparo de arma de fogo da polícia ou de bandidos, por erros médicos, por doenças terríveis que necessitam de tratamentos caríssimos...
Na aula de Teorias do Jornalismo, estávamos discutindo sobre "Newsmaking" na perspectiva do jornalismo. O debate estava legal na sala, até o momento em que me silenciei e fiquei pensando. Quando se trata do jornalismo dentro das teorias, diz-se que ele é o reflexo da realidade, o que não deixa de ter sua veracidade, mas também, que este constrói a "realidade social".
É como pensar que as coisas que já existem, passam a ser enxergadas se aquilo for realmente parar na mídia. Como?
Um ator brasileiro está com câncer, assim como a nossa presidente da República esteve, então a mídia se movimenta falando sobre a doença, como começa, o tratamento, e como nós já sabemos, se você não conseguir pelo hospital de câncer, terá de desembolsar muito dinheiro se quiser ter um tempinho a mais de vida.
Tudo bem que a morte talvez seja a única insubornável, não interessa quanto dinheiro se tenha, se ela chegar, chegou e pronto.
Agora uma juíza foi assassinada com 21 tiros, e os magistrados, ao menos muitos deles se mostraram interessados em desvendar o caso para acabar com essa ameaça no país.
Jornalista se não for famoso, raramente terá uma repercussão, mas estamos num impasse, o diploma do jornalismo caiu, ou seja, alguém, entendeu que se uma pessoa tiver uma ótima redação ela poderá exercer a profissão. Quanto a isso eu disse e repito, acredito que se uma pessoa tiver um bom senso crítico ela então poderá ser um juiz, promotor... etc. Se é pra raciocinar, que a justiça seja feita né.
E eu ainda não sei sinceramente se as pessoas são tão ignorantes e pobres de espírito ao ponto de concordar com coisas do tipo. A televisão tem um botão, e até no controle "power", serve para ligar e desligar o aparelho, mas parece que se prefere reclamar de tudo sem perder nenhum detalhe daquele acidente terrível e sangrento que está sendo exibido na programação na hora do almoço.
As programações continuam no ar porque tem audiência. Se não tivesse, com certeza a emissora trataria de colocar outra coisa no lugar, mais interessante, divertida, coisas boas para se curtir em família e até melhorar o saber da galera.
Ah sim, não podemos esquecer das novelas... Se elas forem baseadas em alguma tradição estrangeira, pode saber que logo se escuta um "handulila" ou sei lá o que, em qualquer frase que saia da boca de uma pessoa.
Cortes de cabelos, maquiagens, roupas só são bem vistas se um artista estiver usando, e aparecer a todo momento com ela na mídia. Doenças graves só tem tratamento ou a devida atenção se um famoso for contagiado por ela. Caso você não tenha muito dinheiro ou não seja famoso, nada acontece com você, e a vida caminha naturalmente.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Os outros.

De onde eles surgiram?
Há quanto tempo estão entre nós?
As vezes eles são totalmente estranhos, costumam comer cada coisa, e falam uma língua estranha e engraçada ao mesmo tempo. Mas, o mais estranho é que nós conseguimos entender exatamente o que eles dizem e o que eles querem.
Juro que tentei por muitas vezes saber como eles chegaram aqui. Eles possuem várias formas, e são aquelas coisas estranhas mais familiares que qualquer coisa. Aff que redundância.
E vão chegando e tomando conta de tudo, quando nos damos conta, já fomos dominados. É aí que começamos a perceber que algo muda dentro da gente. Não sei se é uma lavagem cerebral ou hipnose, mas que é muito bom, isso é.
E de "os outros" já passa a ser "a gente".
A gente vai passear. A gente vai tomar uma cervejinha. A gente precisa conversar. A gente tem muita coisa o que fazer. Meu marido diz que a gente é louca. Minha namorada diz que a gente precisa dar mais atenção a elas... A gente isso, a gente aquilo e bla bla bla...
E passa o tempo, e mais deles aparecem. Esses seres que parecem ser de outro mundo na verdade estão conhecendo o nosso, e acabam vindo de mala e cuia, planta a bandeirinha da paz e da amizade, e passam a fazer parte de nós.
E por falar nisso, eu tenho que ver como estão os meus amigos, todos os dias eu tenho que olhar a terra coração para ver se eles estão bem. Até mais ver...

sábado, 30 de julho de 2011

Estar...

Já é de manhã, e os primeiros raios invadem o quarto atravessando as claras cortinas da janela, e as brechas que deixavam enquanto o vento batia. Não se sabe por qual razão ele ainda está dormindo, talvez por causa do dia cheio que teve ontem, ou porque o peso do seu mundo está realmente demais, depois de uma pequena reunião.
Seus olhos não abrem para ver o sol lhe sorrir. Seu corpo perece com o coração sangrando a todo instante, vertentes carmesin, jorram sem parar.
A cama ainda é a sua única amiga, ao contrário de seu próprio orgulho que lhe traiu. Foi um duro golpe, jamais pensara passar por situação semelhante.
Todos os dias ele acordava sorridente, cantarolando músicas a muito esquecidas, ou esquecidas por muitos, o espelho era sua primeira companhia pela manhã. Logo depois o chuveiro, a toalha felpuda que lhe envolvia parte do corpo. Hora de se arrumar, o que vestir? Em seu armário os mais finos paletós, calças, camisas, gravatas tecidas a fios de lágrimas, e sapatos de pele humana.
No conforto de seu mais novo automóvel, tomava rumo a mais um dia de trabalho, e todo o dia, era a mesma correria com coisas e pessoas diferentes. No fim do expediente uma passadinha no bar pra tomar um vinhozinho ou uma cerveja com os amigos, não podia faltar, depois de um dia daqueles.
Sempre que retornava para casa sua cabeça era tomada por perguntas e dúvidas, no sinal o vermelho não fazia só parte do semáforo, mas compunha um pedaço de um cenário, onde possivelmente acontecera um acidente, ou um assassinato. Os outros carros permaneciam com os vidros fechados, dentro deles, o medo era passageiro certo. Lá fora, alguém se arriscava embaixo do sinal, tentanto ganhar alguns centavos, mesmo ali o medo se fazia presente, mas a necessidade falava mais alto. As sombras do terror sobrepunha aquelas almas que andavam pelas calçadas, e atravessavam as faixas de pedestres. Não demoraria muito para que se ouvisse a sirene de uma ambulância pedindo passagem, naquele trânsito terrível.
O filme passa repetidas vezes, a semana inteira, o seu único break era o trabalho que ainda sim lhe trazia a mente o que teria de ver depois de seu expediente.
Sorrisos, aplausos, e sucesso de carreira, haviam os invejosos, os interesseiros, os amigos, e os inimigos declarados, os profissionais éticos, mas algo já estava ficando demais. Ele estava ficando louco?
Não. Ele estava ficando cansado de tudo aquilo.
E agora? Em quem confiar?
No serviço, dona Maria lhe traz aquele cafezinho agradável, ele agradece, pega a xícara, toma um gole e depois coloca a sobre a mesa. Uma morte instantânea da realidade, o levou dali, quando retornou, seu café estava frio. Ao sair da sala, a escada já não era a mesma, cada degrau parecia um abismo, e o corremão um verdadeiro pau-de-sebo.
Naquele dia ao entrar no carro, sentiu algo diferente, era como se tivesse alguma coisa ali, mesmo assim tirou o carro do estacionamento e se foi, na rua o primeiro susto, um motoqueiro vem correndo e por pouco não se trombam, o cara sai dizendo cobras e lagartos, e continua. Ele também segue seu rumo, perto do semáforo como de costume as pessoas aceleram quando avistam o amarelo, como ele não tinha esse costume, ouviam-se os buzinaços, só que aquele dia o colega de fila era bem maior, e vinha com toda vontade, e não tinha pra onde correr senão acelerar também e correr o risco de passar no sinal vermelho, e mais outros susto, ele para o carro, respira fundo, e logo adiante vem a polícia numa perseguição a um carro, onde os pilotos acabara de roubar uma casa, ainda assim seguiu seu caminho, ao chegar em casa, as notícias do jornal mostram que a justiça está cada vez mais míope.
Ele vai para o banheiro, e nem se olha no espelho, as perguntas não param, tantas coisas aconteceram e ele já não sabia mais nada. E sua infância lhe bateu a porta, as lembranças de uma casa alegre, um lugar simples e humilde, longe de todo o barulho e movimento que havia na cidade. Derepente aparece um menino e em uma das mãos trazia um carrinho de madeira, com rodas feitas de chinelo velho, na outra um pedaço de pão caseiro, que acabara de sair do forno, logo depois da porta o cachorro não parava de latir e o gato estava preguiçosamente deitado em uma galha de árvore, era cedo, o sol estava aparecendo, a casa encheu de gente, as borboletas tomavam conta do jardim perto da janela, num instante o sol já estava se pondo, o garoto saiu correndo em direção de um morro para não perder aquele instante precioso. Ele acordou, e se viu nu no banheiro de sua casa, chorando como um menino... Esqueceu todo o seu ritual e foi deitar... Esperando o próximo dia...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O beijo de Mary Jane

Quem você deseja?
Por que deseja?
Para quê?
São perguntas curtas, simples e talvez as mais difíceis de serem respondidas.
Mas a vida é assim, você nasce, cresce, fica tonto, se apaixona, casa, e tem filhos e fica besta, e provavelmente vai se tornar um babão com a chegada dos netinhos.
Falando sério. Como você gostaría de econtrar aquela pessoa com quem você adoraria passar a vida, trocando olhares, carinhos, e até ter umas briguinhas aqui e ali?
Como já sabemos não existem príncipes encantados, a não ser os Reais, mesmo assim, eles são de carne e osso, e muitas vezes umas gordurinhas e faltam lhe alguns cabelos na cabeça.
A adolescência é uma fase terrível, e as vezes ela custa largar do osso, ou o osso dela, enfim, nela muitas meninas descobrem os meninos bonitinhos da escola, e os meninos, as explosões de hormônios. Alguns namoram, outros paqueram, outros ficam e etc...
Nesse novo século é quase que inadmissível uma guria ficar pensando em encontrar um príncipe encantado, pra beijar, casar e ser feliz para sempre, com sua linda casinha, e seu bebezinho.
Até porque as mulheres já saem de casa para trabalhar buscam independência, e eu não sei se é genético o tal de machismo, mas isso incomoda alguns um poquinho, principalmente se você ganhar mais que ele, e o seu relacionamento pode não dar certo. Por quê? Sei lá.
E quando você pensa que vai ser tudo normal, descobre que vai ser um tanto diferente contigo. Um certo dia você bate o olho em alguém, e observa-a, ela é tão diferente, ela tem uma vida social, ela é conhecida por muitas pessoas, ela é bem vinda em todos os lugares, é famosa, trabalha numa empresa importante, tem um cargo de status... Mas, quem é ela?
Muitas vezes não se conhece a pessoa por trás daquela que você viu.
Os beijos dos heróis e as mocinhas apresentam uma situação interessante. Ele como ser humano está ali ao lado dela, o cara sem graça e simples. Ela se apaixona pelo que ele se transforma, no que se veste, mesmo assim, não percebe que ele está ali. E se ela descobrisse que o super é nada mais e nada menos que aquele cara sem graça? Terminaria o filme. Ela provavelmente vai reclamar, pois não se sentirá uma pessoa de confiança.
Mas, como as pessoas são realmente? Quem elas querem ser? Como elas vão se apresentar pra poder conquistar a atenção da outra?
Arte da sedução? Propaganda enganosa?...
O caso é que parece que muitos de nós não queremos que as outras pessoas saibam quem nós somos, pelo menos não no primeiro instante.
E se aparecer alguém que te conhece sem que você diga uma palavra? - Somos curiosos, mas temos medo quando alguém nos vê além dos olhos.
Quando chegamos na essência, notamos que o seu conteúdo pode estar além da embalagem, ou não. Contudo, cada um de nós sabe exatamente o perfume que nos agrada. Embora seja difícil suas notas não deixarem a dever de vez em quando, mas essa é a graça. Nada é perfeito. Nem você, nem eu.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Amor ao Poeta

Reza a lenda, que o poeta busca na dor a inspiração para as mais belas palavras. Vive constantemente influenciado pelo amor. A sua maior companhia é a solidão, é no silêncio que este compõe as mais belas poesias.
Mas um certo dia aconteceu algo inusitado, o Amor se apaixonou por um poeta. Como podería isso acontecer? Jamais.
Então o Amor resolveu falar com o poeta, dizer o porquê das pessoas ficarem tão extasiadas, felizes, atônitas, tristes quando estão amando. O poeta com toda a sua sensibilidade prestou atenção no que dizia o Amor.
O Amor conhecia o Poeta, mas o Poeta pouco sabia do Amor, e não havia jeito de fazer mais, até porque os segredos do Amor poderiam fazer com que o Poeta morresse. Em tão pouco tempo, o Amor pediu ao poeta que buscasse nos momentos felizes, motivos para escrever as mais belas palavras, e que as transformassem em canções. E antes que terminasse o dia o Amor presenteou o Poeta. Transformou-se numa pequena pedra como de uma diamante, e disse ao poeta:
"Você falará sobre mim, muitos me imaginarão por causa das suas palavras, mas ainda sim poucos me verão, eu estarei no lugar mais óbvio, mas onde muitos têm medo de olhar, estarei escondido nos olhares, e aquele que me achar, achará também o Poeta."

Tem Garça na Ciclovia.

De inimiga quase que mortal do jornalismo, principalmente o local, hoje eu sou uma das pessoas que mais valoriza e torce por esse crescimento.
Claro que não faltam as chamadas notícias de sempre, a notícia não é mais novidade, todos os canais passam as mesmas imagens, os sites falam do mesmo assunto. Uns enfeitam um pouco aqui e outro pouco ali, mas continuam sendo a mesma coisa.
Uma abordagem fantástica, da qual sou fã, admiro muito é quando o canal está realmente aberto para o seu telespectador, no qual ele participa dos assuntos e expõe os fatos.
E sem nenhum jeito "ainda", eu me coloco no lugar do apresentador que está a comentar as notícias do dia. Consigo ficar tão vermelha quanto ele, quando as notícias são de "tirar pica-pau do oco", me perdoem a expressão, e dou risadas, como se ele estivesse falando comigo.
Uma boa postura do apresentador aproxima seu telespectador, quase como estar à mesa almoçando e conversando, sem fronteiras, sem distâncias...
Dá até pra fazer algumas ironias daquelas notícias que não tem cabimento, e pra não sair voraciferando, acaba fazendo piadinhas, pra rir um pouco de tantas coisas absurdas que podemos ouvir no dia a dia.
Numa dessas é quando um cidadão envia uma imagem para o programa onde ele registrou um carro do Detran estacionado em lugar proibido, ou em cima de uma calçada. Então você chega a conclusão que o indivíduo que fez aquilo, o fez para mostrar o que não deve ser feito, " O titio vai fazer uma coisa, e é um exemplo do que você não deve fazer tah..."
Hoje caminhando pelo centro da cidade, na alameda onde os guardas municipais adoram descer a caneta nos desapercebidos ou nos engraçadinhos que estacionam suas motocicletas onde é proibido ou andam de moto onde só é permitido no mínimo passar bicicleta, percebi três Garças(policiais militares com motos de grande porte) que estavam andando com suas tornados pela alameda. Numa dessas meu irmão titubeou: Onde estão os periquitos? (Guardas Municipais com uniformes verdes) Tem Garça na Ciclovia.
Se naquele exato momento eu passasse com a moto por ali também, logo teria gente me chamando atenção, ou quem sabe até uma multa, e não demorou muito para que um trio de guardinhas estivessem com a prancheta em mãos e caneta dando multa numa mulher que acabara de entrar no banco, ela estacionou a sua moto centímetros depois da linha de onde era proibido estacionar.
Eu sei que todo mundo tem direito de errar, mas o que me deixa cri cri da cara é que essas mesmas pessoas dão multa sem dó nem piedade quando encontram algo de errado, mas, eles fazem o mesmo, as vezes até pior, e não são punidos com o mesmo rigor. Claro! Quem vai ser besta de dar uma penalidade a si mesmo por algo que fez de errado não é?!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dominguinhos vai às lágrimas.


Uma noite de muitos aplausos, emoção e alegria, onde se acompanha o crescimento de uma jovem orquestra que nasceu no coração de Rondônia em 2003. O projeto Orquestra em Ação vêm evoluindo social e musicalmente, e agora, adquire mais um instrumento, o Tímpano.
Tímpano é um instrumento musical de percussão, utilizado desde o período barroco, onde era confeccionado com pele de animal e sem pedal, que mais tarde seria modificado, ganhando mais cor e respeito, tem marca registrada na música Every Little Thing - The Beatles.
A aquisição foi apresentada dia 24 de junho no Teatro Municipal de Ji-Paraná, conhecido como "Dominguinhos", com participação especial da percussionista da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Paraguassu Abrahão, executando as peças no novo instrumento.
A convidada disse ter se sentido muito á vontade e muito feliz por fazer parte da história da orquestra. "É a primeira vez que eu estou em Rondônia, mas eu sou da região Amazônica,(...), em Ji-Paraná existe essa oportunidade, e me sinto orgulhosa em estar participando (...) gostaria de voltar."
O repertório é rico em trilhas sonoras, Música Popular Brasileira, músicas que fizeram e contam a história do Brasil, com um toque de carinho, esforço, amor e doação, mais do que reconhecido pelo seu público que pedia "Mais um".

terça-feira, 21 de junho de 2011

Minha piscina, meu lago

A primeira vez que me afoguei não foi aterrorizante, não do modo que eu pensava que seria. Para quem nunca tinha entrado numa piscina na vida, até que não foi tão ruim, tirando o fato da baita vergonha que sentia em ficar de maiô. Eu estava morrendo de vontade de entrar na piscina mais funda, a qual não pude entrar até porque eu não sabia nadar.
Tempos depois, assisti um batizado no chamado lago azul, com razão, a água era realmente um espelho do céu, e eu estava doida pra entrar nela, em cima da passarela os irmãos da igreja me atentavam para tomar cuidado, pois era funda. Mesmo assim, eu queria muito pular, mas fiquei ali parada apenas admirando, e me perguntando se era realmente funda, pois dava pra ver o fundo do lago, aquilo me deixava maravilhada e tentada a mergulhar.
A tardinha eu voltei pra beira do lago, o pôr do sol fazia com que a água mudasse a cor, sentei me na passarela e coloquei meus pés na água, as ondinhas movimentavam a mais fiel fotografia do céu, mas ainda permanecia hipnotizada por ele. Apesar da vontade eu não entrei na água, mas terminei o dia namorando aquela maravilha, saí de lá apaixonada, e com a certeza de que nunca mais veria novamente aquele episódio.
Alguns anos se passaram e um dia, algo interessante aconteceu, nessa ocasião me vi sentada novamente a beira do lago, encantada, apaixonada, estasiada e hipnotizada, ao mesmo tempo tive a sensação de me afogar, como na piscina.
Sem entender o que havia passado retomei o andar, e voltei ao meu lugar. Entretanto dia após dia fico a pensar naquele instante, por que tantas lembranças? Por que essas lembranças?

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Como na novela.

A novela é realmente uma coisa interessante, uma mistura da realidade com o que queríamos que fosse.
Já vivi momentos em que torcia para que o rapaz beijasse logo a mocinha, e morria de ódio quando a vilã ou vilão entrava em cena e conseguia estragar tudo.
Numa novela tem realmente de tudo, que se confunde numa "realidade". Quem é o que, pra onde e quando e porquê.
Por exemplo, seria maravilhoso poder acordar de manhã com os cabelos todos arrumados, visivelmente macios, já maquiada, sem mau hálito, nem cara amassada, e muito menos sem ficar falando como se tivesse engolido um besouro. Imagina andar de salto o dia inteiro pra cima e pra baixo, sem ficar com as pernas doídas, ou então no café da manhã ter a mesa repleta de guloseimas, que na vida real não cabe no meu orçamento do mês. Mesmo depois de uma correria, daquelas em que algo aconteceu e não cai uma gota de suor... ahhh as maravilhas da maquiagem... ?!
Até os mais pobres são mais ricos que eu, a casa é mais decoradinha, a molecada anda de sapato dentro de casa. Deus me livre se eu fizesse isso em casa logo após minha mãe passar o pano, era uma surra na certa.
Ninguém tem uma acne sequer, cravos então. Acho que nunca vi uma novela em que uma criança tenha tido um tumor, ou tenha caído aquele tombo de cima do muro, ralado o joelho, brincado de pegar, esconder, enxendo as paciências daquela senhora da casa da esquina, com medo da loira do banheiro, ou da velha do almoxarife, o guardinha do galpão...
Sempre que eu subia numa árvore, me perguntava porque eu não conseguia ficar totalmente limpa como aquela guria da novela. Tentava de outras maneiras, mas nunca dava certo. Comer manga então, eu me lambusava tirando a casca com os dentes e comendo, os dedos grudentos, totalmente diferente daquela senhorita que comia uma manga sem sequer ter fiapos nos dentes. Ai que ódio viu!!!
Enfim. A televisão é feita por superficialidade?!.

Eclipse

Muitas são as histórias a respeito de um eclipse, e confesso que me deixam fascinada. Suas lendas, mistérios, as explicações e conclusões da ciência e muito mais. Vai ver que aquelas histórias que minha mãe e minhas avós do coração costumavam contar ainda estão guardadas.
Uma delas é a eterna história de amor entre o Sol e a Lua, que embora vivam no mesmo espaço não compartilham do mesmo período. Divididos na terra por AM e PM, encontram-se apenas num momento especial, o chamado "Eclipse". Se é verdade que eles se amam eu não sei, qual a verdade e mentira... eu também não sei. Meu avô me ensinou a não acreditar em tudo, mas também a não duvidar de nada.
Nem as ciências exatas conseguem ter certeza sempre, quanto mais eu, uma simples aprendiz nessa vida maluca.
Dia 15 de junho com certeza foi um dia ímpar para mim, praticamente atravessei a cidade escapando dos prédios que me atrapalhavam a visão, para poder contemplar tal maravilha. Por pouco não consigo ver, mas ela estava lá, tão linda, imensa, de carmesim á mel. Parecia até que me observava ao invés de mim a ela. Ainda insatisfeita, tomei a direção de casa, observando a atentamente, correndo risco de ser atropelada pelos carros velozes, mal ouvia o que me diziam os motoristas, só sei que ela estava linda.
Me recordei daqueles filmes, onde pessoas sentavam no alto de um morro e ficavam maravilhados com tamanha beleza. Juro que senti uma inveja... mas passou. O banho às pressas para sair e poder continuar vendo a lua, enquanto ela parecia se afastar e tomar seu lugar ao trono e do alto ela continuava a me olhar.
Viajei por alguns momentos, só Deus sabe onde estive, e voltei para falar um pouco sobre esse maravilhoso momento.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Para Narciso.

Olá meu caro Narciso, como vão as coisas por aí?
As notícias daqui são as de sempre, muita promessa para poucos cumprimentos.
No mais contamos com as belezas da natureza, que por sinal a cada dia que passa o bixo-homem a destrói, alegando querer um espaço para habitar. Mas digo que nunca vi tantos túmulos em pé como vejo dia após dia, no mínimo os seus moradores são ratos, baratas e outros bixos desses que adoram uma ruína e decadência, morada perfeita, e já contam com as próximas que ficarão abandonadas, pois darão lugar as outras que serão construidas em cima de novas derrubadas.
Que todo mundo quer morar bem eu entendo, até eu quero, mas está passando dos limites.
Certo dia estava a beira do rio e lembrei de você, fiquei sabendo que se apaixonou por ti mesmo. Mas aqui tu morrerias de desgosto, as pessoas estão jogando seus detritos nas águas elas ficam cada vez mais escuras e turvas, acredito que não teria como ver teu próprio reflexo mas veria refletido o que muitas pessoas são de verdade. Não é preciso andar muito para ver uma canaleta, valas e águas de esgotos da cidade indo para o rio.
Mas mudando um pouco de assunto, queria te dizer que estou pasma por saber que se apaixonou por ti mesmo. Não! Tudo bem que nós temos que nos amar primeiro, para depois amar aos outros mas tu exagerou um bocadinho, não acha?!
E te digo mais, apesar de ainda ser tão jovem, afirmo que não há nada melhor do que ver a si mesmo nos olhos de uma pessoa. A doçura é tão visível que sua beleza é multiplicada, contemplar um sorriso é muito melhor do que ficar apenas se admirando, é melhor ainda se o sorriso for para você a sensação é ótima.
Bem, vou ficando por aqui. Melhoras para você, e dê notícias.
Abraços

sábado, 7 de maio de 2011

Os anos se vão.

Algum dia, não importa o mês, ano ou semana, mas sempre se recebe uma visita do cupido. Deveria ser proibido, ou sei lá, ter uma plaquinha de "Não Entre" ou "Não Perturbe". Ao menos era assim que pensava Láila.
Sempre sorridente, sentia- se tão livre quanto um pássaro no ar, suas asas abertas cortavam ventos, sua casa era o céu. Seus amigos eram poucos, mas não havia pra quem Láila não sorrisse e não tivesse carinho.
Seu belo sorriso conquistava muitos, e era motivo de inveja também, mas ela sabia que não poderia agradar a todos, nem se quisesse.
Láila era brincalhona, tinha seu mau humor, de gênio forte, um pouco fria, mas paciente, de bom coração, sua teimosia era sua marca. Procurava tratar a todos com igualdade, havia quem confundisse seu jeito de ser, mas ela não ligava.
Um dia em especial conversava com um amigo, de longa data, mas, algo de estranho estava acontecendo. Ela não sabia definir o que era, apenas olhou bem para os olhos dele e sentiu- se mergulhando neles. Nesse exato instante o passarinho chegara perto demais do rio, não estava preparado para nadar ou mergulhar, ninguém nunca sabe o que há debaixo d'água, mas ela retoma seu vôo sem danos, pelo menos era o que ela pensava.
Uma gota estava na ponta de uma das asas, e já não se podia enxugar.
Em mais um dia, eles brincam com a música que começa a tocar. Quem ouvia? somente eles. Pois estavam na mesma sintonia. No bosque ela rodopiava, cantava e sorria, suas mãos estavam unidas às mãos dele, a orquestra era inquestionável, no silêncio as mais belas melodias só podia ser ouvida por eles. A dança foi parando, como um baile que dá uma pausa para os casais agradecerem. Os sorrisos foram sumindo, os corpos estavam juntos e se aproximavam cada vez mais, de rostos colados, deslizavam até que seus olhares se encontraram. Nada mais se movia, a não ser seus tórax, a respiração ofegante, os lábios ardiam, se chamavam, mas antes que pudessem se encontrar, rapidamente ela repele, como um imã em contato com um corpo de mesma polaridade, mas as energias se invertem quando ele abre seus braços e olhando fixamente para ela, e a toma, envolve a, e seus rostos voltam para si... Os lábios se chamam cada vez mais.
Pobre passarinho, está com seus pés na água, molhou as suas asas, apesar disso ainda encontrou um jeito de recuar, pois sabe que se for mais além poderá se afogar. Infelizmente a água deixou mais do que um simples molhado, suas penas não estavam lubrificadas e penetrou nos poros. Ela retoma seu vôo, a água fica sem entender. Todos os dias ela sobrevoa o rio, mas já não chega tão perto.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mas será o Benedito!!!

Quem um dia nunca se perguntou o motivo do seu nome?
O que deu na cabeça dos meus pais?
A coisa piora quando os colegas transformam seu nome numa piadinha, inventam cada uma mais irritante que a outra. Isso quando os pais não vivem confundindo os nomes dos próprios filhos, pois por algum motivo resolveram colocar parecidos.
Certo dia você chega na escola, e a professora faz a Chamada, então lá vem seu nome, por vezes bem mal pronunciado.
- Se escreve com "i" ou "y"? Com um "l" ou dois? Com "v" ou com "w"?... E por aí vai.
Eu tenho duas primas, são irmãs e seus nomes são parecidos, e confesso que as vezes até eu acabo confundindo (Rosiele e Rosilene), por isso eu as chamo por apelido.
Minha mãe tem uma amiga que se apresenta por Bené, detesta ser chamada de Benedita, e ai de quem falar, corre o risco de levar um carão. Outro se chama Benedicto, do latim, mais conhecido pelo sobrenome e... eu? Bem, no meu caso, muita gente acha que "Edicléia" é comprido demais, ou difícil de memorizar, então logo tratam de encurtá-lo ou me dão um apelido, o mais conhecido na faculdade de música era "Rapunzel" por causa do cabelo longo.
Felizmente meus amigos e eu podemos agradecer por que ainda são nomes generosos, e por falar nisso, eu tinha um colega de infância que se chamava "Generoso" que de generoso, só o nome, logo mais conheci uma senhora por nome de "Generosa". E quando eu pensei que já tinha ouvido de tudo eu conheci a dona "Teronilza", o senhor "Astrogildo", a "Socorro", o "Maninho"... Enfim.
Pesquisando na internet, descobri que há piores, provavelmente os pais estavam com muita raiva ou doidos. Imagina como essas criaturas não foram zuadas, ou são. Talvez não sejam verdadeiros, sejam só coisinhas da internet que alguém colocou pra chamar a atenção.
O caso é que, nome é uma coisa um pouco complicada, você nem nasceu e já tem gente planejando como vai te chamar. Por vezes se nasce e vai o que surgir primeiro.
Então, eu falei e falei, mas você nem me disse seu nome. Eu sou Edicléia, mas pode me chamar de Edi. E o seu?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O que é dor?

Você já sentiu alguma dor?
Sabe definir como ela é?
O quanto ela dói?
Se morre ou se mata com a dor!?
Chega um momento em que você já não sente mais dor, ela simplismente passa a fazer parte de você. Só que quando a alegria vem a dor volta.
A dor é como um vírus, que ataca sua saúde, então o remédio combate nos seus primeiros estágios, mas se ele não for combatido, ele evolui e se torna totalmente imperceptível, se torna um câncer silencioso que só se manifesta quando você acredita estar feliz.
Mas a dor nada mais é do que seu melhor professor. Ensina que na vida precisamos chorar para poder crescer. A recompensa nunca vêm antes de se terminar uma prova.
Afinal, uma planta nunca vai crescer saudável e bonita se não for regada pelas muitas gotas de água. Ela precisa da luz do sol, da terra, ela vai crescer linda, exuberante e vai retribuir com generosidade com as mais belas flores, caule forte, uma maravilhosa sombra e até mesmo com frutos deliciosos.
Você acha que está doendo?
Olhe para dentro de si, e veja como curar as muitas feridas, com o tempo elas cicatrizam, e você vai estar forte e pronto para as novas etapas.
Só não aguentamos a dor se não tentarmos aprender com ela.

domingo, 17 de abril de 2011

Sem sono...

Quando é que algo tão feliz te faz tão triste?
Quando é que um doce pode ser amargo?
Quando é que um sonho tira o teu sono?
Tem aqueles momentos em que você quer ficar longe de tudo e de todos, pra fazer um cheklist, conferir se está tudo em ordem consigo mesmo. Claro! Amanhã será um novo dia, uma nova luz do sol, novos ventos, calor, chuva, pessoas e seus humores, seus olhares, seus gestos, cabelos...
Só que nem sempre é possível faze- lo. Tem sempre alguém por perto, que fará você pensar em outras coisas ou pensar mais ainda nas que você quer simplismente dar uma pausa. O silêncio por vezes é gritante, mas o grito pode ser mudo.
A frase que mais fez sentido pra mim até hoje é "Só sei que nada sei"... Quanto mais se planeja, mais você acredita que nem sempre o plano B, C ou D vão dar realmente certo. A vida segue normalmente até que o destino resolve brincar um pouquinho. Então só se consegue pedir a Deus sabedoria, mas a ansiedade é tanta, que a sabedoria acaba ficando em último plano. Acho que temos muita pressa em viver, o mundo é tão grande e tão pequeno ao mesmo tempo, tão cheio e tão vazio, há muito o que viver, o que escolher.
Eu fiz o meu mapa do tesouro, sabia quantos passos daria, mas não imaginava que ao abrir uma caixa poderia encontrar tesouros tão valiosos. Sabe! Nem todos os tesouros devem ser encontrados, as vezes eles só precisam estar lá e pronto.
Eu queria pensar que as pessoas não fossem tão desumanas, não todas, mas muitas delas. Eu queria poder olhar para alguém e simplismente sorrir.
Confesso que quando olho as pessoas a minha volta tento ler seus pensamentos, vou seguindo seus olhos. Olhos para mim não são belos só por serem verdes ou azuis, eu vejo a beleza mesmo que ela esteja timidamente escondida.
E agora? O que estará por vir?
Mais um dia, e meu sono está brincando de esconde- esconde comigo. Tudo que consigo ver é aquele brilho que percebi no dia em que topei de frente, foi surpreendente, encantador... Eu não sei como fiquei no exato momento, porque o tempo realmente deu uma breve pausa e no outro instante eu já estava anestesiada. Mais que depressa levantei o olhar... e meu arquivo cinematográfico começou a dar um feedback... Mas só o que eu preciso é ficar longe, é urgente.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Apreciar



Você sabe dizer como é um beijo?
A sensação que se tem é inexplicável, ou talvez muitas pessoas não saibam o que é um beijo realmente. Vou tentar explicar como apreciar esse gesto.
Quase todo mundo, 99,9% de pessoas aproximadamente comem chocolate, porém, as que apreciam ainda são poucas, raramente sentem o gosto na boca. Talvez a industrialização em massa tenha feito as pessoas perder a vontade de aprecia- lo como deveria. São tantos chocolates, que fica difícil saber qual devorar primeiro. Mas, como devorar tantos chocolates sem que se sinta mal depois? Ou então, como saber a diferença entre um e outro, se a cada dia que se passa os chocolates ficam gosto de gordura?
Cada um tem preferência por marca tal, caixa tal, ou chocolate tal... Algumas pessoas (eu), tem alergia a alguns componentes desses chocolates industrializados, e como não conseguem viver sem, procuram alternativas, ao menos um pouco mais saudáveis. Geralmente são mais caras, mas vale a pena. Então vamos lá. Escolha o melhor chocolate, pode ser Ao Leite, Meio Amargo, Amargo, contanto que seja um bom chocolate. O chocolate começa ser desejado no olhar, e logo depois, no cheiro, você começa a sentir água na boca, no entanto, espere um pouco antes de abocanhá- lo, sinta seu cheiro, e então, dê uma mordida com muita calma, e deixe o descansando sobre a língua, você vai sentir uma tentação em morder e devorar o chocolate em questão de segundos, para comer outro e mais outro, mas tenha paciência. Não seja egoísta, deixe sua boca namorar aquele maravilhoso pedacinho, e sua língua possa ser totalmente tomada por ele, que vai derretendo lentamente, seus olhos sentirão uma vontade incontrolável de se fecharem, e sua mente ficará totalmente voltada aquela presença deliciosa. A sensação é inexplicável, só provando pra saber. Aprecie cada pedacinho desse chocolate, como se ele fosse o último.
E então? Gostou? Nossa! Eu adoraria falar mais, só que fiquei com água na boca. Vou ali comer um chocolate tah. Beijos.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Uma coisa leva à outra.

Uma vez me disseram, que quando você começa pensar muito na sua infância ou você vai morrer ou vai casar... rsrsrs
Eu ainda acho que não é verdade, aliás tenho certeza. O fato é que em pleno dia da mentira eu estava lendo um blog com mais atenção, e voltei lá no passado. Naquele tempo em que eu dava muita dor de cabeça pra minha mãe. Como eu era atentada, meu Deus!
Segundo a minha mãe, a minha primeira arte foi ficar pulando dentro da banheira enquanto ela me dava banho, ela virou as costas por um instante pra pegar a manta, e eu já estava no chão. Depois foi num jantar, eu queria pegar um doce ou sei lá o que, meus pais não deixaram, então eu puxei a toalha da mesa, e tudo que tinha nela foi parar no chão... imagina a vergonha dos meus pais hihihi.
Mas hoje eu lembrei do primeiro tombo de cima da árvore. No quintal de casa tinha um abacateiro, ali era meu refúgio, subia e ficava brincando nas primeiras galhas. Quando queria explorar mais, eu subia no topo e ficava balançando de um lado para o outro, minha mãe quase morria do coração. Eu não tinha medo, quanto mais alto, melhor, principalmente de manhã cedo e no fim de tarde, eu queria ver o sol.
Comecei a ter coleguinhas, eles iam lá pra casa e acabava subindo no pé de abacate, até que um dia, um deles encasquetou de me beijar, viu o irmão mais velho fazer, então queria imitar... Na tentativa de fuga eu acabei escorregando numa das galhas, e caí no chão de costas, ele desceu depressa da árvore e disse pra mãe dele que eu tava pulando de uma galha pra outra. Naquele momento eu só queria matá-lo com as minhas próprias mãos, mas eu não tinha força nem pra dizer que aquilo era mentira, eu mal conseguia ficar de olhos abertos. Minha mãe saiu correndo pra me acudir, e o engraçadinho deu linha na pipa. Apesar de ter contado pra mãe dele, ela simplismente riu e disse que era coisa de criança. Até que eu derrubei ele do escorrega na escola, aí sim ela ficou irada. Mas era coisa de criança né?
Na escola eu não tinha muita vez, eu não podia brincar com os meninos porque futebol não era coisa de menina, e eu não podia brincar com as meninas porque eu parecia um menino, então eu procurava uma árvore pra subir, e os colegas foram chegando, e ali tinha os amigos da árvore. Qual não foi a minha decepção quando a cortaram, ainda não sei o porquê.
A primeira vez que assisti um jogo de futebol numa TV a cores, foi de cima de um pé de manga. Eu subi no muro, me agarrei a uma das galhas e fui andando até o ponto de poder ver, todos gritavam na sala, menos eu, não queria que soubessem que eu estava ali. Enquanto eles comiam pipoca eu pegava uma manga fresquinha, e quando o jogo estava acabando, eu saía de fininho, e de cima do muro pulava no morro de areia.
Esconde- esconde... quem nunca brincou? Adivinha onde eu gostava de me esconder? Principalmente porque brincava a noite, eu era mestre, enquanto se contorciam pra ver quem estava na árvore, eu prontamente pulava e ia me salvar.
Eu tinha um sonho de um dia poder fazer uma casa na árvore. Quem sabe eu não faça... nem que seja para meus filhos brincarem.

Desgraça alheia é show garantido?!

Algumas pessoas dizem não gostar de jornal, porque só tem notícia ruim. Preferem assistir novela, reality shows, filmes, desenhos... Mesmo os que possuem parabólica não assistem nem o canal informativo ou educativo.
Numa tristeza, descobri que as desgraças realmente dão mais IBOPE, embora eu já soubesse disso, só não queria acreditar. Programas policiais estão se tornando cada vez mais comuns nas regiões do nosso Brasil, não interessa quem apresenta, o que interessa é saber se morreu mais um.
Oh blogueira, como você está sendo injusta!
Será?
Hoje em dia é "comum" ver a notícia de que houve um acidente e morreram duas pessoas. Então logo se ouve "Só?".
Como assim SÓ?
Já pensou na dor da família? Quem sabe aquela pessoa tinha um filho que o amava muito... Talvez ele tivesse indo buscar recursos financeiro pra ajudar no pão de cada dia, tratamento para doença do filho... e você diz SÓ?
Alguns canais ou sites abusam, divulgando as imagens dos corpos trucidados e ensanguentados por causa da batida entre um carro e uma carreta... pode saber que tem público garantido... as pessoas querem saber se foi realmente feio, se o cara morreu de verdade ou se é só lorota.
Quanto mais morte, melhor é o programa... Infeliz realidade.
Agora eu pergunto; E se fosse alguém da sua família? Se fosse seu filho?
Você gostaria de ver as imagens dele, rodando por todos os canais ou sites?
Provavelmente sofreria por ver tal imagem.
Por que só se vê notícias ruins na TV?
Porque você compactua do sangue derramado.

É uma viagem.

Tudo começa no momento de decidir que vai viajar. Dia. Hora. Onde. Por que...
Você compra sua passagem, e pergunta qual o horário de saída, ou compra na hora, dependendo da situação. Então torce pra ficar longe do banheiro, alguns, têm medo de ficar nas primeiras... Vai que derepente o ônibus bate, os mais lascados serão justamente os da frente. No meu caso, já gosto de estar lá na frente, não interessa o número, desde que me dê uma vista privilegiada, para observar e admirar a paisagem.
Agora é hora de esperar... quase sempre o busão atrasa, uns 30 minutos mais ou menos, e tem sempre alguém fumando por perto, e não importa pra onde você corra, a maldita fumaça do cigarro te persegue, ainda mais quando você tem alergia, fica impregnado na sua roupa, cabelo...
O ônibus chega e começa o corre corre, empurra, de vez em quando um pequeno barraquinho só pra ser atendido primeiro que os outros. Depois de conferir as passagens, faltam os últimos preparos para partir, enquanto você está lá dentro procurando a poltrona, os funcionários estão conferindo e verificando se está tudo ok.
Finalmente o busão parte, e junto com a estrada vem a expectativa de chegar bem, pedindo a Deus proteção ao longo da viagem e que saia tudo certinho.
Mas parece uma coisa! A sua viagem começa a ficar realmente desagradável quando descobre que aquele ser que tava fumando lá fora, está sentado justamente do seu lado, as vezes nem precisa ser o tal fumante, mas tem o que senta, dorme, ronca, baba, joga o braço em você, te abraça, se deixar, até no colo deita. Outra situação pela qual passei, aliás, duas, uma delas estava no pinga-pinga e a moça estava tão cansada que encostou na janela, mas com os solavancos, ela veio pro meu lado, encostou a cabeça no meu braço e terminou deitada no meu colo, e assim seguimos. Já no outro caso, numa viagem a noite, o cara sentou do meu lado e ficava olhando pra mim, eu morrendo de sono, lutando pra ficar com os olhos abertos, num dos raros momentos em que peguei no sono, senti mão na minha perna, vinha se encostando, e ele acordado, virei de costas, piorou... já de saco cheio empurrei o fulano que quase o joguei pra fora da poltrona.
Enfim. A coisa fica mais feia ainda, se você estiver apertado, e o banheiro está fedendo mesmo, ou está cheio a todo momento...
Gente soltando gases dento do ônibus, menino gritando, um ser tagarela que ainda por cima tem uma voz estridente, o comilão, todo momento se ouve um "crock crock", o ar condicionado pifando, o busão quebrando, o motorista maluco que quase passa por cima dos outros carros, o folgado da poltrona ao lado, a senhora que insiste que a novela tal é melhor, o pessoal dos realitys que torcem pro fulano ou beltrano sair ou ganhar, as caixinhas de som que tocam brega, tecnobrega enxendo o saco a viagem toda, em alguns casos, a polícia federal pára pra fazer vistoria...
De vez em quando você se depara com situações engraçadas, ou irritantes... o que não impede umas boas gargalhadas depois que passa.
Você ainda terá muitas viagens a fazer... lá vamos nós denovo!!!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Homenagem ao amigo Salgadeiro

Alguém sabe como se faz um grande homem?
Tem receita? E como se prepara?
Talvez eu nunca venha saber, mas eu fico feliz em ter conhecido muitos deles. Sabe do que mais? Eles não são presidentes, alguns deles nunca chegaram perto de um microfone, ou apareceram na televisão, eles apenas nasceram e marcaram a história da minha vida, com muita simplicidade.
Ontem, um dos grandes homens que conheci infelizmente nos deixou, e não fiquei sabendo por televisão, rádio ou internet, o mais poderoso meio de comunicação que Deus me deu me alertou sobre isso, os fatos foram confirmados quando minha mãe me ligou na tarde dessa segunda para passar a triste notícia.
Ele não era um político, um doutor, ou empresário. Ele era um salgadeiro. Isso mesmo, um salgadeiro, que ficava com seu carrinho na porta da agencia da caixa econômica em Ariquemes. Vendia caldo de cana, pastéis, risoles, enroladinhos e outros mais. Apesar da idade avançada e do calor da região, ele estava sempre ali, com um sorriso no rosto e muita simpatia, pra dar e vender.
Nos poucos momentos que eu podia sair de casa pra ir no centro, passava por ali, pra comprar uma esfirra e tomar um caldo de cana, e isso contagiou até meu irmão. Passamos a economizar alguns trocados, pra que quando fossemos ao centro, pudessemos passar por ali pra comer um saboroso salgadinho quentinho. Todos os dias passavam muitas pessoas, as vezes sem condições de pagar por um salgado, então ele dava. Adorava contar uma história como ele só, mas nem fazia tanta diferença, porque o salgado era uma delícia.
Lembro da primeira vez que o conheci. Ele logo veio perguntando: -Que tal um salgado e um caldo de cana hein moça bonita?
Como eu sou meia arredia de vez em quando, logo o encarei e disse não, mas minha mãe insistiu, ela já o conhecia. E ao provar daquele salgado, logo mudei... foi incrível, eu jamais tinha comido um salgado com tanto gosto.
Desde então, dia após dia, com sol ou com chuva, lá estava ele, com um sorriso aberto, oferecendo seus deliciosos salgados.
Mas ao andar pelo centro, notei que ele já não estava mais por lá. Em seu lugar estava uma outra pessoa, o carrinho era o mesmo, mas onde estava o dono?! Cheguei mais perto para comprar um salgado e já não gostei do atendimento, até o gosto tinha mudado, não estava mais tão quentinho quanto antes. Mas por vergonha nem perguntei. E os dias se passaram, e agora morando em Ji- Paraná, a caminho da faculdade, minha mãe me liga pra avisar que o nosso amigo, morreu no domingo em São Paulo, estava com câncer.
Passei a tarde inteira pensando nos amigos, presentes de Deus. Até liguei para um deles, mas sua vida é uma correria, até entendo. Parte desses grandes homens, que me inspiram, já não vivem mais, outros ainda vivos, prezo com zelo pela amizade.
Ah sim, eu não esqueci das mulheres viu. Mas é que a homenagem de hoje são para os amigos, para um dos amigos em especial.
Que Deus o tenha, e obrigado pela lição de vida.

domingo, 20 de março de 2011

Sinto.

Acho que nunca vi algo tão agressivo e terno ao mesmo tempo. Só de olhar, meu corpo toma um impulso, como se quisesse fazer a mesma coisa, as vezes é bem mais forte, cada toque, cada levada do ritmo faz minhas pernas saírem de si. As mãos ficam vivas, e o corpo começa a querer falar.
Vejo um duelo entre olhos, lutando uns com os outros pra ver quem sai vencedor.
É um jogo de poder e sedução, de ternura e força, não há vencedores, senão a própria música. O par tem que dançar, dar mais brilho. A pista é inteira deles, não importam quantos mais estejam nela, naquele momento, com aquela música, serão somente eles. Olho a olho, corpo a corpo e seus pés desenham várias nuances, com deslizes e batidas. As mãos serão lanças e escudos, seguram uma a outra, deslizam sobre o corpo do par, e rodopiam no ar.
O mistério acompanha o casal a dança inteira, os rostos colados, procuram riscar o muro enigmático para ver além. As pernas se entrelaçam e se soltam, os corpos vão e voltam. Quanto mais se dança, mais se quer dançar.
Ah! paciência, eu ainda não sei dançar. Apesar disso eu não consigo deixar de sentir quando ouço tocar.
Tango querido, me faz suar, só de pensar...

domingo, 6 de março de 2011

Homens não menstruam.

Já conheceu o Caos? Ele vem mensalmente acompanhado ou não de dores e odores.
É fácil criar uma tempestade num copo d'água, é só dizer que uma mulher está gorda, e provavelmente você receberá uma porrada, seguido de um choro que não será o seu. Isso pode até piorar dependendo do grau da TPM.
Pergunta; E isso tem grau?
Resposta: Sim, tem. Mas por enquanto falaremos apenas sobre os tipos.
Convenhamos que o tal ataque não é um privilégio feminino. São muitas as dúvidas do porque homem é tão nervosinho.
Lembra dos conteúdos de biologia, sobre o os Cromossomos Masculinos e Femininos. Relembrando, a mulher possui os cromossomos XX(responsável pela formação dos ovários) e os homens, Y((que permite a formação dos testículos)- XY).
E segundo a explicação de uma professora de Biologia no primeiro ano do ensino médio que não esqueço mais:
Cromossomos: XX.....XY ou XX.....XY
.............................\...../............... \....../
...............................XX................... XY
.............................Menina.......... Menino

Se atentar bem para um detalhe, todo homem possui um cromossomo X, somado com o Y próprio masculino, podemos concluir que eles só não menstruam, mas têm sua própria TPM - tensão pré monstrual. Se para eles, já é dificil entender suas próprias tensões, o das mulheres que vem XX é assustador.
Já para as mulheres é difícil porque, possuem apenas um tipo de cromossomo, o bendito Y me leva a acreditar que traz todas as outras manias.
Mas, isso é um caso que podemos estudar em uma outra oportunidade.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Não cospe pra cima!

"Não cospe pra cima que cai na cara!" Assim dizia minha vovó Francelina, que lamento muito não ter conhecido, mas só Deus sabe o quanto sofreu em vida, uma verdadeira guerreira, digna de admirição, e outra mulher de fibra que também não conheci, morta pelo ex marido, foi a minha tia Iracema, ou Cema como era chamada pela irmã mais nova (minha mãe). Parecido com aquela velha história, "quem muito disfaz é porque quer comprar"
O caso é que, quando elas diziam isso tinha um motivo. Já tinham vivido algumas ou muitas experiências na pele. Eu soube disso muito bem. Quando era pequena odiava jornal, principalmente aquele da tarde, porque passava no mesmo horário do desenho no outro canal, cresci detestando "profissionais" da comunicação de Rondônia. Cheguei até dizer que eu trabalharia de qualquer coisa que não fosse ligado ao jornalismo, nem me casaria com um jornalista. Ah! Se dona Francelina tivesse viva... hehehe. Ela diria; "Quem diria hein tiazinha, ontem odiava jornal, e agora está cursando jornalismo, e ainda por cima tem amigos jornalistas". Bem, convenhamos que eu ainda não casei com nenhum jornalista (Oh Deus! de doida basta eu...) ainda mais depois de ler o blog de um amigo jornalista que pensa já estar meio lelé ( o que me espera?). Em apenas uma semana de aula, eu aprendi ter mais respeito pela profissão, apesar de ainda ter certos "profissionais" que mais envergonham do que orgulham, fora o salário que não é lá aquela maravilha sabe, mas é uma paixão dolorosamente gostosa, e também é divertida.
Aprendi a amar o mundo da comunicação quando comecei a trabalhar em uma rádio web, o programa começava as seis da manhã e terminava as oito, logo depois eu passei a ficar o dia todo na rádio, foi então que conheci alguns jornalistas, e passei a ter mais contato. Aconteceu uma espécie de troca, eu não tinha computador em casa, mas tinha TV, desse modo eu conversava com o apresentador do programa pelo MSN e pedia pra mandar um abraço para a minha mãe em casa, já que ela não podia me ouvir. A rádio foi vendida, e ficou apenas alguns dias no ar, mas se acabou, e apesar da decepção prefiro nem comentar muito sobre isso.
Ainda enfrento um sério probleminha, o medo de câmera, é um desafio para mim, falar olhando para ela é como se estivesse olhando para uma multidão de pessoas, que esperam ansiosamente por uma boa palavra. Chega a doer mais que as surras com a vara da goiaba que minha mãe me dava quando eu aprontava algumas.
Pra quem não conseguia nem ficar a frente de uma câmera fotográfica direito, já cheguei até desfilar, outra coisa que eu jamais esperava fazer, só que nessa ocasião eu estava me formando no curso de Modelo&Manequim, mas sou bem consciente de que não levo jeito pra modelo, mesmo assim agradeço ás pessoas que me ajudaram muito e vou superar mais este desafio.
E tomar o cuidadinho pra não falar algumas coisas denovo, né!

Vam'bora!

Sabe aquela sensação, de quando você está aprendendo a andar de bicicleta, e seu pai ou mãe, segura e diz, "pode ir que eu to segurando, não vou te soltar", e logo depois "agora eu vou deixar você ir sozinho, vamos lá, você consegue"? Claro que eu sou a pessoa menos indicada para dizer isso, porque eu aprendi andar de bicleta sozinha, meus pais trabalhavam o dia inteiro, e como meu pai não gostava muito de andar de bike, ele deixava a Barra Circular dele em casa, alta como só ela consegue ser. Então eu inventei um modo pra montar nela e sair pedalando. Eu a arrastava até o tanque, encostava, deixava o pedal pronto, e depois subia no tanque, montava nela, tomava impulso e saía andando pelo quintal. Pra parar, tinha todo um preparo, colocava um dos pés já na frente afim de alcançar o tanque, já que era meia brusca a tal parada, pois minhas mãos não alcançavam os freios. Nunca caí um tombo sequer, até que um dia minha mãe resolveu comprar uma bicicleta pra mim, sabe, daquelas femininas, cor de rosa claro, estilo Barbie? Pois é, eu levei o primeiro de tantos outros tombos nela, mas não desisti, fiquei toda ralada. Oras! Se eu andava numa bicicleta mais alta do que ela e eu, porque não andaria nela? Tomei uma raiva da cor rosa, até porque a maioria das meninas que implicavam comigo na escola, adoravam essa cor. Só fiz as pazes depois de crescida, mesmo com a minha prima me chamando de madame. Enfim!
Quando aprendi andar de moto a história foi praticamente a mesma. Meu pai chegou com uma moto XLR branca, daquelas bem alta, eu peguei a moto e fui andar, tranquila, foi então que ele resolveu trazer a Dream, me ralei todinha e olha que eu nem tinha saído do lugar direito. Confesso que estou curiosa pra saber como vou aprender a dirigir. Que se cuidem os latões de lixo hehehe.
Mas lembrei também que eu ajudava meu irmão no seu aprendizado com as pedaladas, o segurava e ia com ele pela rua. Medroooooso! Até que um dia eu o soltei, enquanto ele não tinha percebido que estava só, foi andando direitinho, mas depois foi parar num morro de areia e abriu o berreiro. Corri até ele, fiz cócegas e coloquei ele na bike denovo, tomou um tombo atrás do outro, mas aprendeu, o engraçado era que, eu sentia o frio na barriga por ele, ou com ele.
Mas frio na barriga de verdade eu senti quando completei doze anos. Como eu tinha medo de crescer, tudo pra mim era tão grande, muitas pessoas eram más. Deitei na cama, olhei pro teto e comecei a chorar, pedindo a Deus que não me deixasse crescer, principalmente depois de um natal trágico, um amigo, que considerava um avô, foi morto. Naquela noite ele me puxou pra dançar, ou brincar de dançar né, ele estava tão feliz, que decidiu ir a pé com a gente, chegando no bar, ele abriu a porta e deixou só a gente ali dentro, deu umas fichas pro meu irmão eu brincarmos na sinuca, enquanto os adultos conversavam. Logo depois fomos embora, assim que cheguei em casa eu comecei a chorar, e não sabia porque, amanhacendo o dia, a viúva batia a nossa porta com a triste notícia.
E ontem olhando o Rio Machado me lembrei do meu finado "avô" (Machado), como ele está cheio, deu um certo gelo só de pensar em alguém caindo ali dentro. Mas apesar de ter pedido a Deus pra não me deixar crescer, percebi que já tinha vencido tantos desafios, e ajudei uns a superarem os seus, o rio virou para mim uma coisa pequena, e a cada dia peço a Deus que me dê muita sabedoria, pois, novos dias virão, com eles, pessoas boas e ruins, pretendo amá- las de todo o coração, dar meu carinho, sorrisos e abraços. E que nessa nova jornada eu possa enfrentar as difíceis situações de cabeça erguida, com coragem e sabedoria. E desejo o mesmo a todos.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

3 x 4

Se eu pudesse, nunca faria uma foto 3x4. Parece uma coisa, você fica pior do que achava que ia ficar.
Senta no banquinho ou na cadeirinha, o fotógrafo mira bem, parece até que vai sair só o nariz na foto, e não sei se é por reflexo, mas meus olhos ja fecham antes de ouvir o tal barulhinho do flash, é preciso uma concentração para fazer com que eles permaneçam abertos.
E é incrível, toda vez que se vai fazer a foto, aparece algo de errado, você fica gripado, aparece umas bolsinhas nos olhos, aqueles roxinhos, o rosto incha, os olhos ou nariz ficam avermelhados, e se duvidar aparece até mesmo aquela falha na sombracelha, ainda mais porque não se pode rir, fazer um gracejo pra foto não ficar tão assustadora, dá impressão de que sua cara fica melhor quando você está acordando do que quando vai tirar a foto, enfim, é um incômodo mesmo.
O pior é que, a bendita fotinha é sempre necessária, em documentos da faculdade, carteirinhas, RG, e quando são colocadas nos cartões de identificação de funcionário, e pra piorar você tem que pendurar aquele treco no pescoço, e claro, você torce para ninguém reparar no bendito cartão.
Mas o que me deixa cismada mesmo é, quando você faz um curriculo e tem que colocar a tal fotinha e entregar na empresa. As vezes eles nem olham direito, só pegam, dizem que vão analisar e jogam na gaveta ao lado, e mais tarde vão para a lixeira, ou então são queimados.
É de dar um ódio. Você está louco atrás de emprego, e poder ganhar um dinheirinho, então pra arranjar o emprego, você precisa deixar currículos, e nos currículos, as fotinhas 3x4, e num é brincadeira, a cada quatro curriculos, você pode pagar até sete reais em fotos, pode não parecer grande coisa, mas, sete reais, você pode comprar um pacote de açúcar, pão, leite...
E passa o tempo, e nada, ninguém liga, mas pode ter certeza de que aquela sua fotinha ja foi para o lixo ou foi queimada, e foi mais um dinheiro jogado fora.
Alguns amigos meus morrem de vergonha de mostrar a indetidade, escondem o máximo que podem, a CNH então, nem se conta, se acontecer do policial parar o carro e pedir para mostrar a carteirinha, o fulano a tira e mostra colocando o dedo em cima da foto.
Eu só gostaria de saber, como faz pra poder acabar com essa idéia de foto 3x4, ou então fazer com que ela não fique tão assustadora.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Menino, pare de comer açúcar!

Certo dia, um sábio recebeu uma mãe e seu filho, a mesma reclamava que o menino não parava de comer açúcar, então resolveu procurar ajuda.
Segundo ela, já falou para o menino não comer, castigou e até bateu, mas ele continuava comendo. Depois de ouvir a mãe, o sábio parou, pensou e logo disse:
- Por favor mãe, a senhora pode voltar com ele daqui uma semana.
-Claro! - Respondeu ela.
Uma semana se passou e ali estavam os dois de volta. O sábio levantou- se da sua cadeira, foi até o menino e falou.
- Menino, pare de comer açúcar!
A mãe do garoto sem entender nada, continuou esperando, mas ele não dizia mais nada, então ela protestou.
- O senhor me diz para esperar uma semana, só pra dizer isso. Eu já falei isso pra ele tantas vezes, só deve estar de brincadeira comigo.
O sábio retornou á sua cadeira, e suavemente respodeu:
- Senhora! Quando viestes a mim procurando ajuda, eu não neguei, mas eu pedi para que voltasse após uma semana, pois eu também comia açúcar. Então, que autoridade teria eu para dizer ao menino não comer açúcar, se eu também estava comendo. Que exemplo eu seria?
De que adianta eu falar uma coisa e fazer o contrário. Antes de corrigir ou exigir algo de outra pessoa, primeiro deve se dar o exemplo.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Bolsa de Mulher.

Bolsa, cartola mágica, casa compacta, banheiro ambulante, estojo de primeiros socorros (femininos, com alguns itens unissex).
Hoje me estranhei quando notei que dentro da minha bolsa tinha mais coisas além da carteira com documentos e batom. Ela não é grande, é uma bolsa até pequena, se comparado ás mais usadas, que eu costumo chamar de bolsa de viagem, mas já aprendi também que uma bolsa de viagem para mulher pode parecer uma caixa d'água de 500L sobre rodinhas. Mas o fato é que, eu acabei lembrando de quando eu estava em Ji- Paraná (RO- Rondônia, para alguns desavisados) participava dos estudos coletivos com os colegas que moram na cidade e nas mais próximas. Eu nem tinha o costume de andar de bolsa, aliás eu não tenho, de vez em quando e olhe lá, já levo muitas broncas da minha mãe por não levar os documentos comigo, meu pai resolveu esse problema, trouxe umas carteirinhas pequenas, coloco meus documentos nela, guardo no bolso e pronto. Voltando ao assunto, naquele dia a abençoada enxaqueca me acompanhava desde do início da manhã, e de noite parecia estar mais chata ainda, uma mulher vendo a minha situação se solidarizou, disse que tinha um remédio na bolsa. Ok. Não me surpreendi pelo tamanho da bolsa, eu já estava acostumada ver maiores, o que me surpreendeu mesmo foi o que vi quando ela abriu para procurar o tal remédio. Ela começou a tirar uma bolsinha atrás da outra, parecia até que a bendita estava tendo filhotinhas, depois ela tirou uma escova de cabelo, um mini secador e mais alguns itens... pronto, enfim o remédio apareceu, e eu ja estava atonita de ver tanta coisa saindo daquela bolsa. Tomei o remédio, foi então que descobri que ainda tinha mais. Agradeci e devolvi a cartelinha com o comprimido, ela foi guardando tudo de volta.
Ouço algumas vezes: "Preciso dar uma faxina na minha bolsa". - Vai ser um milagre se não tiver um cachorro ou um gato dentro dela.
Realmente você pode encontrar de tudo na bolsa de uma mulher, pente, batom, rimel, blush, pó compacto, base, anti gripal, anti concepcional, anti ácido, balinhas de cereja ou hortelã, barrinhas de chocolate ou de cereais (alguns diets para não engordar), chaves de casa, cremes hidratantes, aquele desenho que o filho ou o sobrinho fez, um bixinho de pelucia pequeno em forma de chaveiro que ganhou do namorado, escova dental, gel dental, papéizinhos de recados, caneta toda decorada, moedas reservas (ou que foram esquecidas), fotos da família, uma câmera digital, o mini secador, uma pranchinha para aquele trabalho rápido, óculos de sol, bijuterias, espelhinho, esmalte, anti- frizz para o cabelo, ... puxa já ta cansando. Acredito que nem o tal Nicolau imaginaria que existiria algum ser que tivesse uma bolsa mais cheia do que o saco que ele costuma carregar, e nem os mágicos com suas cartolas imaginariam que dentro da bolsa de uma mulher pudesse sair tantas coisa, e se duvidar sai até coelhos e pombinhas.
Mesmo que fosse inventado uma bolsa com rodas e espelho, ainda seria insuficiente para muitas mulheres. Talvez o ideal seria aquele modelo dos Jetsons, que de carro vira uma bolsa, provavelmente diminuiria os espaços ocupados nos estacionamentos improvisados, e não teria tanta preocupação com seu carro sendo roubado, arrebentado ou arranhado, claro que alguns flanelinhas protestariam e muito. Mas já pensou, você guardando seu carro dentro do seu armário ou embaixo da sua mesa. Opah! É bom voltar pra realidade.
Quanto a minha bolsa, apesar de ter me estranhado, eu tinha apenas um colírio, bloqueador solar, e um par de brincos, fazia um tempo que procurava por eles, não lembrei de que tinha colocado no bolsinho.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Veio pelo e-mail : A Vingança.

Sua conta chegou, nessas horas é recomendável que se tenha plano de saúde, ou que alguém da família, amigos ou conhecido seja um médico cardiologista. Você abre e toma aquele susto, você descobre um poder que só aparece em horas assim, o de camaleão, vai mudando de cor gradativamente, e por fim chega a ser confundido com o papel que está na sua mão. A indignação é tamanha que você tem que ligar pra saber o motivo do tal absurdo. E então começa a fase panela de pressão. Você liga e espera, espera, espera e espera, quase esqueci de mencionar que você espera mais um pouco. E uma série de perguntas para responder, menu, números, identificação, seu tipo sanguineo etc... E mais espera!!! Suas pupilas começam a ficar dilatadas, e aquela veia começa a pulsar mais forte, de branco você já conseguiu acumular sangue no rosto, e nas veias dos olhos, e quando finalmente você consegue o bendito atendimento, a ligação cai. Não preciso nem dizer o que acontece depois, porque vai de cada um. Uns jogam o telefone na parede e xingam, outros com a paciência do mundo ligam de volta, e outros choram e etc...
Mais uma vez eu recebi um e-mail muito legal e resolvi postar, espero que não seja preciso eu fazer isso algum dia.

Toca o telefone...

- Alô.

- Alô, poderia falar com o responsável pela linha?

- Pois não, pode ser comigo mesmo.

- Quem fala, por favor?


- Edson.

- Sr. Edson, aqui é da OI, estamos ligando para oferecer a promoção OI linha adicional, onde o Sr. tem direito...


- Desculpe interromper, mas quem está falando?

- Aqui é Rosicleide Judite, da OI, e estamos ligando...

- Rosicleide, me desculpe, mas para nossa segurança, gostaria de conferir alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser?

- Bem, pode..

- De que telefone você fala? Meu bina não identificou.

- 10331.


- Você trabalha em que área, na OI?

- Telemarketing Pro Ativo.

- Você tem número de matrícula na OI?

- Senhor, desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.

- Então terei que desligar, pois não posso ter segurança que falo com uma funcionária da OI. São normas de nossa casa.

- Mas posso garantir....

- Além do mais, sempre sou obrigado a fornecer meus dados a uma legião de atendentes sempre que tento falar com a OI.

- Ok.... Minha matrícula é 34591212.

- Só um momento enquanto verifico.

(Dois minutos depois)

- Só mais um momento.

(Cinco minutos depois)

- Senhor?

- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje.


- Mas senhor...

- Pronto, Rosicleide, obrigado por ter aguardado. Qual o assunto?


- Aqui é da OI, estamos ligando para oferecer a promoção, onde o Sr. tem direito a uma linha adicional. O senhor está interessado, Sr. Edson?

- Rosicleide, vou ter que transferir você para a minha esposa, porque é ela que decide sobre alteração e aquisição de planos de telefones.


- Por favor, não desligue, pois essa ligação é muito importante para mim.

(coloco o telefone em frente ao aparelho de som, deixo a música Festa no Apê do Latino
tocando no Repeat (quem disse que um dia essa droga não iria servir para alguma coisa?), depois de tocar a porcaria toda da música, minha mulher atende:

- Obrigado por ter aguardado.... pode me dizer seu telefone pois meu bina não identificou..

- 10331.

- Com quem estou falando, por favor.

- Rosicleide


- Rosicleide de que?

- Rosicleide Judite (já demonstrando certa irritação na voz).


- Qual sua identificação na empresa?

- 34591212 (mais irritada agora!).


- Obrigada pelas suas informações, em que posso ajudá-la?

- Aqui é da OI, estamos ligando para oferecer a promoção, onde a Sra tem direito a uma
linha adicional. A senhora está interessada?

- Vou abrir um chamado e em alguns dias entraremos em contato para dar um parecer,
pode anotar o protocolo por favor.....alô, alô!


TUTUTUTUTU...

- Desligou.... nossa que moça impaciente!