segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Não cospe pra cima!

"Não cospe pra cima que cai na cara!" Assim dizia minha vovó Francelina, que lamento muito não ter conhecido, mas só Deus sabe o quanto sofreu em vida, uma verdadeira guerreira, digna de admirição, e outra mulher de fibra que também não conheci, morta pelo ex marido, foi a minha tia Iracema, ou Cema como era chamada pela irmã mais nova (minha mãe). Parecido com aquela velha história, "quem muito disfaz é porque quer comprar"
O caso é que, quando elas diziam isso tinha um motivo. Já tinham vivido algumas ou muitas experiências na pele. Eu soube disso muito bem. Quando era pequena odiava jornal, principalmente aquele da tarde, porque passava no mesmo horário do desenho no outro canal, cresci detestando "profissionais" da comunicação de Rondônia. Cheguei até dizer que eu trabalharia de qualquer coisa que não fosse ligado ao jornalismo, nem me casaria com um jornalista. Ah! Se dona Francelina tivesse viva... hehehe. Ela diria; "Quem diria hein tiazinha, ontem odiava jornal, e agora está cursando jornalismo, e ainda por cima tem amigos jornalistas". Bem, convenhamos que eu ainda não casei com nenhum jornalista (Oh Deus! de doida basta eu...) ainda mais depois de ler o blog de um amigo jornalista que pensa já estar meio lelé ( o que me espera?). Em apenas uma semana de aula, eu aprendi ter mais respeito pela profissão, apesar de ainda ter certos "profissionais" que mais envergonham do que orgulham, fora o salário que não é lá aquela maravilha sabe, mas é uma paixão dolorosamente gostosa, e também é divertida.
Aprendi a amar o mundo da comunicação quando comecei a trabalhar em uma rádio web, o programa começava as seis da manhã e terminava as oito, logo depois eu passei a ficar o dia todo na rádio, foi então que conheci alguns jornalistas, e passei a ter mais contato. Aconteceu uma espécie de troca, eu não tinha computador em casa, mas tinha TV, desse modo eu conversava com o apresentador do programa pelo MSN e pedia pra mandar um abraço para a minha mãe em casa, já que ela não podia me ouvir. A rádio foi vendida, e ficou apenas alguns dias no ar, mas se acabou, e apesar da decepção prefiro nem comentar muito sobre isso.
Ainda enfrento um sério probleminha, o medo de câmera, é um desafio para mim, falar olhando para ela é como se estivesse olhando para uma multidão de pessoas, que esperam ansiosamente por uma boa palavra. Chega a doer mais que as surras com a vara da goiaba que minha mãe me dava quando eu aprontava algumas.
Pra quem não conseguia nem ficar a frente de uma câmera fotográfica direito, já cheguei até desfilar, outra coisa que eu jamais esperava fazer, só que nessa ocasião eu estava me formando no curso de Modelo&Manequim, mas sou bem consciente de que não levo jeito pra modelo, mesmo assim agradeço ás pessoas que me ajudaram muito e vou superar mais este desafio.
E tomar o cuidadinho pra não falar algumas coisas denovo, né!

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