segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dominguinhos vai às lágrimas.


Uma noite de muitos aplausos, emoção e alegria, onde se acompanha o crescimento de uma jovem orquestra que nasceu no coração de Rondônia em 2003. O projeto Orquestra em Ação vêm evoluindo social e musicalmente, e agora, adquire mais um instrumento, o Tímpano.
Tímpano é um instrumento musical de percussão, utilizado desde o período barroco, onde era confeccionado com pele de animal e sem pedal, que mais tarde seria modificado, ganhando mais cor e respeito, tem marca registrada na música Every Little Thing - The Beatles.
A aquisição foi apresentada dia 24 de junho no Teatro Municipal de Ji-Paraná, conhecido como "Dominguinhos", com participação especial da percussionista da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Paraguassu Abrahão, executando as peças no novo instrumento.
A convidada disse ter se sentido muito á vontade e muito feliz por fazer parte da história da orquestra. "É a primeira vez que eu estou em Rondônia, mas eu sou da região Amazônica,(...), em Ji-Paraná existe essa oportunidade, e me sinto orgulhosa em estar participando (...) gostaria de voltar."
O repertório é rico em trilhas sonoras, Música Popular Brasileira, músicas que fizeram e contam a história do Brasil, com um toque de carinho, esforço, amor e doação, mais do que reconhecido pelo seu público que pedia "Mais um".

terça-feira, 21 de junho de 2011

Minha piscina, meu lago

A primeira vez que me afoguei não foi aterrorizante, não do modo que eu pensava que seria. Para quem nunca tinha entrado numa piscina na vida, até que não foi tão ruim, tirando o fato da baita vergonha que sentia em ficar de maiô. Eu estava morrendo de vontade de entrar na piscina mais funda, a qual não pude entrar até porque eu não sabia nadar.
Tempos depois, assisti um batizado no chamado lago azul, com razão, a água era realmente um espelho do céu, e eu estava doida pra entrar nela, em cima da passarela os irmãos da igreja me atentavam para tomar cuidado, pois era funda. Mesmo assim, eu queria muito pular, mas fiquei ali parada apenas admirando, e me perguntando se era realmente funda, pois dava pra ver o fundo do lago, aquilo me deixava maravilhada e tentada a mergulhar.
A tardinha eu voltei pra beira do lago, o pôr do sol fazia com que a água mudasse a cor, sentei me na passarela e coloquei meus pés na água, as ondinhas movimentavam a mais fiel fotografia do céu, mas ainda permanecia hipnotizada por ele. Apesar da vontade eu não entrei na água, mas terminei o dia namorando aquela maravilha, saí de lá apaixonada, e com a certeza de que nunca mais veria novamente aquele episódio.
Alguns anos se passaram e um dia, algo interessante aconteceu, nessa ocasião me vi sentada novamente a beira do lago, encantada, apaixonada, estasiada e hipnotizada, ao mesmo tempo tive a sensação de me afogar, como na piscina.
Sem entender o que havia passado retomei o andar, e voltei ao meu lugar. Entretanto dia após dia fico a pensar naquele instante, por que tantas lembranças? Por que essas lembranças?

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Como na novela.

A novela é realmente uma coisa interessante, uma mistura da realidade com o que queríamos que fosse.
Já vivi momentos em que torcia para que o rapaz beijasse logo a mocinha, e morria de ódio quando a vilã ou vilão entrava em cena e conseguia estragar tudo.
Numa novela tem realmente de tudo, que se confunde numa "realidade". Quem é o que, pra onde e quando e porquê.
Por exemplo, seria maravilhoso poder acordar de manhã com os cabelos todos arrumados, visivelmente macios, já maquiada, sem mau hálito, nem cara amassada, e muito menos sem ficar falando como se tivesse engolido um besouro. Imagina andar de salto o dia inteiro pra cima e pra baixo, sem ficar com as pernas doídas, ou então no café da manhã ter a mesa repleta de guloseimas, que na vida real não cabe no meu orçamento do mês. Mesmo depois de uma correria, daquelas em que algo aconteceu e não cai uma gota de suor... ahhh as maravilhas da maquiagem... ?!
Até os mais pobres são mais ricos que eu, a casa é mais decoradinha, a molecada anda de sapato dentro de casa. Deus me livre se eu fizesse isso em casa logo após minha mãe passar o pano, era uma surra na certa.
Ninguém tem uma acne sequer, cravos então. Acho que nunca vi uma novela em que uma criança tenha tido um tumor, ou tenha caído aquele tombo de cima do muro, ralado o joelho, brincado de pegar, esconder, enxendo as paciências daquela senhora da casa da esquina, com medo da loira do banheiro, ou da velha do almoxarife, o guardinha do galpão...
Sempre que eu subia numa árvore, me perguntava porque eu não conseguia ficar totalmente limpa como aquela guria da novela. Tentava de outras maneiras, mas nunca dava certo. Comer manga então, eu me lambusava tirando a casca com os dentes e comendo, os dedos grudentos, totalmente diferente daquela senhorita que comia uma manga sem sequer ter fiapos nos dentes. Ai que ódio viu!!!
Enfim. A televisão é feita por superficialidade?!.

Eclipse

Muitas são as histórias a respeito de um eclipse, e confesso que me deixam fascinada. Suas lendas, mistérios, as explicações e conclusões da ciência e muito mais. Vai ver que aquelas histórias que minha mãe e minhas avós do coração costumavam contar ainda estão guardadas.
Uma delas é a eterna história de amor entre o Sol e a Lua, que embora vivam no mesmo espaço não compartilham do mesmo período. Divididos na terra por AM e PM, encontram-se apenas num momento especial, o chamado "Eclipse". Se é verdade que eles se amam eu não sei, qual a verdade e mentira... eu também não sei. Meu avô me ensinou a não acreditar em tudo, mas também a não duvidar de nada.
Nem as ciências exatas conseguem ter certeza sempre, quanto mais eu, uma simples aprendiz nessa vida maluca.
Dia 15 de junho com certeza foi um dia ímpar para mim, praticamente atravessei a cidade escapando dos prédios que me atrapalhavam a visão, para poder contemplar tal maravilha. Por pouco não consigo ver, mas ela estava lá, tão linda, imensa, de carmesim á mel. Parecia até que me observava ao invés de mim a ela. Ainda insatisfeita, tomei a direção de casa, observando a atentamente, correndo risco de ser atropelada pelos carros velozes, mal ouvia o que me diziam os motoristas, só sei que ela estava linda.
Me recordei daqueles filmes, onde pessoas sentavam no alto de um morro e ficavam maravilhados com tamanha beleza. Juro que senti uma inveja... mas passou. O banho às pressas para sair e poder continuar vendo a lua, enquanto ela parecia se afastar e tomar seu lugar ao trono e do alto ela continuava a me olhar.
Viajei por alguns momentos, só Deus sabe onde estive, e voltei para falar um pouco sobre esse maravilhoso momento.