terça-feira, 21 de junho de 2011

Minha piscina, meu lago

A primeira vez que me afoguei não foi aterrorizante, não do modo que eu pensava que seria. Para quem nunca tinha entrado numa piscina na vida, até que não foi tão ruim, tirando o fato da baita vergonha que sentia em ficar de maiô. Eu estava morrendo de vontade de entrar na piscina mais funda, a qual não pude entrar até porque eu não sabia nadar.
Tempos depois, assisti um batizado no chamado lago azul, com razão, a água era realmente um espelho do céu, e eu estava doida pra entrar nela, em cima da passarela os irmãos da igreja me atentavam para tomar cuidado, pois era funda. Mesmo assim, eu queria muito pular, mas fiquei ali parada apenas admirando, e me perguntando se era realmente funda, pois dava pra ver o fundo do lago, aquilo me deixava maravilhada e tentada a mergulhar.
A tardinha eu voltei pra beira do lago, o pôr do sol fazia com que a água mudasse a cor, sentei me na passarela e coloquei meus pés na água, as ondinhas movimentavam a mais fiel fotografia do céu, mas ainda permanecia hipnotizada por ele. Apesar da vontade eu não entrei na água, mas terminei o dia namorando aquela maravilha, saí de lá apaixonada, e com a certeza de que nunca mais veria novamente aquele episódio.
Alguns anos se passaram e um dia, algo interessante aconteceu, nessa ocasião me vi sentada novamente a beira do lago, encantada, apaixonada, estasiada e hipnotizada, ao mesmo tempo tive a sensação de me afogar, como na piscina.
Sem entender o que havia passado retomei o andar, e voltei ao meu lugar. Entretanto dia após dia fico a pensar naquele instante, por que tantas lembranças? Por que essas lembranças?

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