terça-feira, 23 de agosto de 2011

Já pra cozinha!

Com o passar dos anos, as mulheres estão buscado cada vez mais a independência financeira. Mas isso ainda não agrada a muitos homens. Parte dos divórcios são consequências, digamos, de um leve machismo. Isso é cultural já que o homem é o provedor da casa, é ele quem sustenta, e está um bocadinho difícil de aceitar que a mulher venha ganhar mais.
A tradicional figura da Amélia dá lugar a uma mulher independente, segura, e bate o martelo não só em casa como também no trabalho.
Muitos homens não suportam ter um chefe de departamento que seja do sexo feminino. Há quem declare abertamente que "lugar de mulher é na cozinha".
Mas vamos refletir. Muitos desses homens, não ficam no cabo de uma enxada por meia hora sem que reclame de calos nas mãos ou de dores nas costas. A coisa vem mudando tanto de figura, que agora eles vão ao salão de beleza, eu não disse barbeiro, mas sim salão de beleza.. fazem a barba, cortam o cabelo, fazem as unhas, modelam as sobrancelhas, depilam o corpo e etc.
Que mulher não gosta de um homem cheiroso e bem cuidado? E que homem não gosta de uma mulher cheirosa com a pele macia?
Ou seja, acabou aquele tempo em que uma mulher era obrigada a aceitar o marido grosso, fedendo e se duvidasse vinha com piolho e carrapato para cama. E mesmo com todas as explicações da ciência, tem homem que ainda acredita que a mulher é a culpada de "dar só filhas mulheres".
Mas, como essas manias tão retrógradas atingiram e atingem todos os dias a nova geração?Infelizmente muitas mulheres tem parte dessa culpa, já que se submetem a determinados caprichos, e se deixam usar. Antigamente uma menina era obrigada a casar aos doze anos, para ser mãe as treze e só o marido podia sentir prazer. Hoje, se é mãe aos onze, depois as doze, e aos treze, cada um com pai diferente, que nunca vão conhecer, porque ela só se divertiu com um cara numa noite de baile funk. O machismo não acabou só está mudando um pouco de figura, mas ainda é o mesmo.
E nem tudo é só tragédia e tristeza. Com o tempo os homens também tem mostrado um lado que nem mesmo eles conheciam. Calma, não tô falando dele virar gay minha gente. E sim daquele homem que tem mais tempo para os filhos, e pilota o fogão sem derrapar nas curvas, tudo bem que muitos ainda são verdadeiros desastres no que se diz, manter a cozinha limpa. Mas vamos concordar. Ver um homem cozinhando, lavando louça e limpando uma casa enquanto a mulher descansa um pouquinho, é tudo de bom né não?!

sábado, 13 de agosto de 2011

Querer não é poder... mas o poder facilita o querer...

Já perdi as contas de quantas vezes escutei essa frase.
De algum modo, tem um pouco de razão para ser.
Vejamos.
Alguns anos era moda colocar calça boca de sino, com o passar do tempo foi ficando ridículo, principalmente para os homens das pernas finas, e os gordinhos então, nem se fala. Então entrou na moda aquela calça de touro, aquelas que apareceram com as músicas sertanejas. O nome tem sua explicação, o touro pra pular aperta-se os bagos, ou apertava, bem.. o que interessa é que você deve ter entendido não é!!!
E a coisa não acaba aí, quem em sã consciência se atreveria a sair com uma calça de pernas curtas, apertadas e coloridas chegando ao fluorescente?
Agora é moda.
Lembro também que quando pequena tinha um cabelo chanel, ousei por a franja pela metade do rosto. As críticas foram tantas, que aquilo era muito feio, que cabelo de uma moça não era pra ser assim, e bla bla bla... Um belo dia o corte aparece na televisão, e o cabeleireiro recomendava que as mulheres e até as mocinhas poderiam usar o cabelo chanel com a franja daquele mesmo jeito. E não deu outra, no dia seguinte na escola, o que tinha de menina com o corte, não foi brinquedo. Só que dessa vez tinham elogios.
E apesar da fértil imaginação das pessoas antigamente, com os macacões prateados no futuro, ainda não faz parte desse presente... valha me Deus!
Muitas pessoas morrem todos os dias. Atropeladas, mortas por um disparo de arma de fogo da polícia ou de bandidos, por erros médicos, por doenças terríveis que necessitam de tratamentos caríssimos...
Na aula de Teorias do Jornalismo, estávamos discutindo sobre "Newsmaking" na perspectiva do jornalismo. O debate estava legal na sala, até o momento em que me silenciei e fiquei pensando. Quando se trata do jornalismo dentro das teorias, diz-se que ele é o reflexo da realidade, o que não deixa de ter sua veracidade, mas também, que este constrói a "realidade social".
É como pensar que as coisas que já existem, passam a ser enxergadas se aquilo for realmente parar na mídia. Como?
Um ator brasileiro está com câncer, assim como a nossa presidente da República esteve, então a mídia se movimenta falando sobre a doença, como começa, o tratamento, e como nós já sabemos, se você não conseguir pelo hospital de câncer, terá de desembolsar muito dinheiro se quiser ter um tempinho a mais de vida.
Tudo bem que a morte talvez seja a única insubornável, não interessa quanto dinheiro se tenha, se ela chegar, chegou e pronto.
Agora uma juíza foi assassinada com 21 tiros, e os magistrados, ao menos muitos deles se mostraram interessados em desvendar o caso para acabar com essa ameaça no país.
Jornalista se não for famoso, raramente terá uma repercussão, mas estamos num impasse, o diploma do jornalismo caiu, ou seja, alguém, entendeu que se uma pessoa tiver uma ótima redação ela poderá exercer a profissão. Quanto a isso eu disse e repito, acredito que se uma pessoa tiver um bom senso crítico ela então poderá ser um juiz, promotor... etc. Se é pra raciocinar, que a justiça seja feita né.
E eu ainda não sei sinceramente se as pessoas são tão ignorantes e pobres de espírito ao ponto de concordar com coisas do tipo. A televisão tem um botão, e até no controle "power", serve para ligar e desligar o aparelho, mas parece que se prefere reclamar de tudo sem perder nenhum detalhe daquele acidente terrível e sangrento que está sendo exibido na programação na hora do almoço.
As programações continuam no ar porque tem audiência. Se não tivesse, com certeza a emissora trataria de colocar outra coisa no lugar, mais interessante, divertida, coisas boas para se curtir em família e até melhorar o saber da galera.
Ah sim, não podemos esquecer das novelas... Se elas forem baseadas em alguma tradição estrangeira, pode saber que logo se escuta um "handulila" ou sei lá o que, em qualquer frase que saia da boca de uma pessoa.
Cortes de cabelos, maquiagens, roupas só são bem vistas se um artista estiver usando, e aparecer a todo momento com ela na mídia. Doenças graves só tem tratamento ou a devida atenção se um famoso for contagiado por ela. Caso você não tenha muito dinheiro ou não seja famoso, nada acontece com você, e a vida caminha naturalmente.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Os outros.

De onde eles surgiram?
Há quanto tempo estão entre nós?
As vezes eles são totalmente estranhos, costumam comer cada coisa, e falam uma língua estranha e engraçada ao mesmo tempo. Mas, o mais estranho é que nós conseguimos entender exatamente o que eles dizem e o que eles querem.
Juro que tentei por muitas vezes saber como eles chegaram aqui. Eles possuem várias formas, e são aquelas coisas estranhas mais familiares que qualquer coisa. Aff que redundância.
E vão chegando e tomando conta de tudo, quando nos damos conta, já fomos dominados. É aí que começamos a perceber que algo muda dentro da gente. Não sei se é uma lavagem cerebral ou hipnose, mas que é muito bom, isso é.
E de "os outros" já passa a ser "a gente".
A gente vai passear. A gente vai tomar uma cervejinha. A gente precisa conversar. A gente tem muita coisa o que fazer. Meu marido diz que a gente é louca. Minha namorada diz que a gente precisa dar mais atenção a elas... A gente isso, a gente aquilo e bla bla bla...
E passa o tempo, e mais deles aparecem. Esses seres que parecem ser de outro mundo na verdade estão conhecendo o nosso, e acabam vindo de mala e cuia, planta a bandeirinha da paz e da amizade, e passam a fazer parte de nós.
E por falar nisso, eu tenho que ver como estão os meus amigos, todos os dias eu tenho que olhar a terra coração para ver se eles estão bem. Até mais ver...