domingo, 23 de dezembro de 2012

É só no natal?

Ontem levei meus primos para conhecer a lindíssima praça da Vitória de Ariquemes. Depois de fazer as fotos da torre de natal, que prometi para a Jana Bueno, nos sentamos a uma das mesas do parque observando o movimento. Muita gente, ficamos por ali brincando e tirando sarro, até que um homem caiu no meio da pista de caminhada, as pessoas passavam, quase o pisoteavam, e nada.
Pedi pro meu irmão filmar, mas confesso que não consigo ser tão fria quanto pensava. Uma molecada estava por perto, também alcoolizada, um deles colocou o sujeito no banco, mas me preocupei por ver que ele tremia demais e começou a ter alguns ataques. 
Meu irmão foi na frente e fiquei junto dos meus primos. Enquanto meu irmão tomava o pulso do homem, um dos garotos disse. "Eu não tenho nada a ver com isso, a gente tava bebendo, aí ele chegou pediu um gole eu dei, aí ele caiu..."
Eu não sabia se ria ou se sentava o braço. Mas não valia a pena discutir com quem nem tinha noção do que estava falando, nem mesmo se ainda estava em pé. Tentei ligar para os bombeiros, mas ninguém atendia, e finalmente surge um carrinho da guarda municipal, saí disparada até a avenida para pedir ajuda. 
Foi então que começou aquela aglomeração de gente, curiosa, e no mesmo instante foi me subindo um ódio. Um dizia "Ele passou por mim e pediu dinheiro pra comer...", outro "Ele disse que tava com fome, pediu um salgado ali...".
- O que me deixa P* da cara, é que passou um tanto de gente, de todos os tipos perto dele e ninguém moveu um dedo, agora faz cara de preocupado.  - Pensei muito alto.
Saímos de perto para deixar o SAMU trabalhar. Depois de sentar novamente decidi dar uma volta pela praça, não demorou muito para ver um cachorro agonizando, e novamente um monte de gente em volta, vendendo, comprando, se divertindo, comendo, e o bichinho morrendo lentamente. Infelizmente não pude fazer nada mesmo. 
Ao retornar para o banco logo avistei o carro da PM e de uma emissora local. Fiquei pensando, calculando o tempo em que nos afastamos para o SAMU fazer o atendimento, procuramos por um banco para sentar, sentamos, andamos pela praça e só então a ambulância partiu com o sujeito. Eu juro que tentei não pensar coisas, mas foi impossível, logo assim que vi o carro da emissora saindo, mil coisas vieram. E quando olhei no banco onde o sujeito estava deitado, já tinha gente sentada, como se nada tivesse acontecido. Tudo na mais devida paz.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Tô indo meu bem!

E o tempo vai passando e você chega na cidade, morrendo de saudades da família, parentes, amigos e até mesmo daqueles vizinhos inoportunos e chatos. É impressionante como sua presença logo atrai a pergunta. - "E você, já casou?"
Daí, vem aquela risadinha disfarçada com uma resposta que não atende a expectativa do seu questionador e da platéia curiosa. "Não".
Tudo bem que a gente sempre espera perguntas como, "Você está bem?, Qual será seu próximo curso?, Já pediu promoção?, Pretende ir embora para continuar os estudos, fazer pesquisas?... Mas é tão automática a tal pergunta, quanto a sua reação, ainda mais se você não tiver nem mesmo paquerando.
Em alguns momentos, você até aproveita disso pra falar das suas expectativas na vida profissional, e do quanto está feliz nos estudos e na sua carreira, de suas pretensões perto daquela vizinha linguaruda ou daquela mulherada que não tinha nada mais o que fazer e ficava falando da sua vida. Tinha uma "preocupação" de ver você se ferrar em um relacionamento falido, que agora suas queridas filhas e seus preciosos bebês estão casados ou grávidas. 
E constantemente estamos conhecendo pessoas e pessoas, sejam elas interessantes, curiosas, misteriosas brincalhonas, chatas... todas com algo especial. Mesmo aqueles que tem cantadas mais baratas que o troco em balinha que você pega no supermercado. Ou que se jogue no cara mais que pernilongo chato.
Alguém vai dizer que você vai envelhecer e ninguém mais vai te querer. Onde estamos? A época em que se dava uma menina de 12 anos em casamento já não acabou?
O fato é que se você pensar muito, mas muito bem, provavelmente não se case. Como solteiro já te custa caro, é mercado, estudos, saúde... quer mais? Daí vem a gravidez. Muitos dizem que é lindo. É só assistir um parto normal pra você ficar apavorado.
Não tenho absolutamente nada contra o casamento, muito pelo contrário, pretendo me casar algum dia, ainda mais que descobri que uma pessoa pode se casar com ela mesma. O duro vai ser descobrir que você se traiu olhando pro lado, nesse momento o mundo deve desabar na cabeça.
Ah! Claro. Tem aqueles ainda que confundem sua situação com o fato de você provavelmente estar encalhada, ou que não quer nada sério, que só quer ficar galinhando.
Bem! Cada um é cada um. Sabe o que quer da vida. Todos nós temos um conceito, e óbvio que pretendemos busca-los.
No mais... tudo ao seu tempo.

domingo, 12 de agosto de 2012

Uma das lições


Durante quatro meses, por assim dizer, minha mãe passou por uns probleminhas, apesar de não estar totalmente recuperada, mas já estou muito feliz em poder olhar pra ela, e vê-la melhor. E depois do que passamos, eu aprendi tanta coisa, mudei meus conceitos sobre as pessoas. 
Interagir com médicos, enfermeiros, estagiários, internos, residentes, assessores, promotores, pacientes e visitantes, fez com que minha visão fosse modificada. Não é fácil acordar todos os dias dentro de um quarto de hospital, ainda mais quando alguém que a gente ama muito, não está muito bem. Em momentos assim, você aprende a não subestimar as pessoas, a ver que o conceito que você criou em torno de um "rótulo" que você mesmo fez para distinguir as pessoas, e precisam ser repensadas. 
Uma senhora, (não vou citar nomes), estava internada no Sta. Marcelina em PVH. A filha dela estava lá a quase uma quinzena quando cheguei. Quem olhasse para aquela senhora, logo dizia que era uma chata de galocha, ignorante e tal... Ela tinha muitos problemas de saúde, além da obesidade mórbida. Era chamada de chata, porque não permitia que médicos e enfermeiros chegassem muito perto dela. E sabe como funciona vida de estagiário né, a gente pega cada uma. Cada acadêmico do curso de medicina que aparecesse naquele quarto, ela logo tratava de espantar, com suas caretas, ou então mostrava língua quando a pessoa estava de costas. Até que um dia, um dos estagiários, que foi escalado para fazer o acompanhamento naquela semana, chegou no quarto para começar seu serviço. E claro que pra ela isso não importava, viesse quem viesse, ela faria o mesmo com todos. 
Mas o jovem usou de bom senso, e com todo respeito e educação conseguiu a autorização dessa paciente. Dias se passaram, e quando eu chegava no quarto, ela me olhava, observava, rigorosamente, mas fez amizade comigo. E conversamos por alguns dias, a respeito da estadia no hospital, das doenças que ela tinha, sobre a minha mãe, sobre o médico que atendia minha mãe, e rasgou elogios ao estagiário.
Logo, minha mãe recebeu alta e foi pra casa, mas acabou piorando e voltou, e aquela senhora já não estava mais lá. Depois de uma parafernalha, pedi a remoção da minha mãe daquele hospital. Quando chegamos ao Hospital de Base dentro de Porto Velho, conhecemos outras pessoas, e fizemos amizades. No segundo dia, recebemos uma notícia. Aquela senhora, havia morrido a uma semana. Foi um choque pra mim e para minha mãe.
E hoje fazendo um trabalhinho que vem se alastrando por uma semana praticamente, eu lembrei dela.  
Aquela mulher fez uma coisa que muitos de nós talvez não faríamos nunca, por medo. Ela já sabia que a morte estava perto, e no hospital ela sempre dizia, que só queria ir embora para morrer em paz na sua casa. Lá, ela chegou a sonhar que estávamos almoçando, e conversando na área da casa, rindo e brincando. Ela queria mesmo que fossemos pra lá. Lembro ainda, que antes dela sair do hospital ainda me disse que o estagiário que a atendia, seria um médico muito "porreta". Eu ri. Não por ser indiferente ao rapaz, mas sinceramente, é que eu me sentia um pouco sem jeito de chamar uma pessoa que tem quase a mesma idade que a minha, de Doutor. Agora nem tanto, afinal, estou na luta para ser uma doutora em comunicação.
Numa conversa, descobri que ela estava muito triste, seu filho se envolveu com uma mulher, que só fazia a cabeça contra a mãe dele. Além disso, ela abriu mão de um grande amor, para não vê-lo sofrer com sua morte, era o que ela menos queria. Pensava em sua filha que estava ali a todo instante com ela, que deixou o marido, a sua vida lá na cidade pra ficar ali com ela. Na volta pra casa, ela queria avisar a gente que estava indo embora, mas deu problema no celular. Em casa ela pensava em muitas coisas, principalmente na minha mãe, e na situação dela. 
Já estava tudo resolvido, na mesma em que fomos para o HB, ela voltaria na outra semana para passar com o médico. Cansada do dia longo, ela se deitou e foi dormir, tranquila. Durante a madrugada, sua filha se levantou para dar o remédio. Ao chegar no quarto percebeu que sua mãe, estava muito quieta. Chamou-a, mesmo assim, nenhuma reação houve. Ao tocar no braço da mãe, percebeu que estava fria. Já, não restavam dúvidas. Ela  tinha morrido
Eu não sei bem o que aconteceu depois, mas, cada vez que falo com o estagiário que a atendeu, que inclusive fazia o acompanhamento da minha mãe também, eu lembro dela. Da pessoa que era. Que mesmo passando por tantos problemas, encontrou forças para viver, e poder realizar seu ultimo desejo de morrer na paz de sua casa. Uma mulher que não tinha estudos, pois seu pai era daqueles bem tradicionais, que diz que mulher não precisa ir pra escola. Passou por muitas dificuldades, e ninguém a entendia. Criou um mecanismo de defesa. Que só conhecendo a sua história, entenderia o porquê.
Embora eu não possa conhecer todas as pessoas, o que se passa na mente e no coração delas, só desejo poder ter sabedoria o suficiente para compreender tudo que está ao meu redor, e poder agir de forma correta.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Entrevistando o Cupido

Dia 12 de junho é uma data especial para duas pessoas. Você e seu amor. Flores pra lá, "meu amor" pra cá, com todos os requintes românticos que se pode oferecer. 
As redes sociais contam muito sobre as pessoas, é só olhar a atualização do status "relacionamento sério", que ultimamente sai mais rápido que modelo de motocicleta. 
Há quem atribua a culpa de um relacionamento não ter dado certo, ao cupido. É aquele carinha mesmo, de fraldinha, asinha, com arco e flecha. 
Conta a lenda que o cupido, sai por aí lançando algumas flechas aqui e ali, para que as pessoas se apaixonem. E hoje tivemos o prazer de conversar com esse fabuloso amado e odiado personagem que vai nos falar sobre seu trabalho.
Blog - Você é mais conhecido como Cupido, mas qual o seu nome realmente?
Cupido - Me chamo Eros. Mas de verdade, ainda nem sei porque sou considerado tal mago do amor e coisa e tal. Tudo o que fiz foi pegar um arco e flecha para treinar... E diferente do que muitos acreditam eu não uso fralda.
Blog - Certo! Por que as pessoas atribuíram a você esse lance de fazer os corações se apaixonarem e tal?
Cupido - A maioria das mulheres não resistem a um homem de farda, principalmente se ele tiver uma carinha angelical, logo elas piram, nuss!! Mas de um tempo pra cá elas ficaram mais malucas ainda. Enfim, quando tem um cara bonito a mulherada cai matando, os camaradas que não gostam muito. Na verdade, homem também não gosta de competição. E esse negócio das pessoas se apaixonarem se tornou um hobby, eu queria uma mina, mas as outras não me deixavam em paz, então tratei de arrumar um jeito pra que elas olhassem para outros caras.
Blog - Na sua opinião, por que os relacionamentos não são duradouros?
Cupido - Passamos pelo dia dos namorados, e olha só, todo mundo quer ganhar presente. É natal, vai comprar presente, é Páscoa, comprar presente, é Fim de Ano, comprar presente, é aniversário, comprar, dia das mães, dos pais, das crianças, dos adolescentes, das mulheres, dos homens, do gato, cachorro... enfim. Tudo termina em comprar, porque todo mundo quer ganhar alguma coisa que seja tátil e visível. Outra coisa, já reparou que as pessoas morrem de medo da solidão. Pô, nem é tão ruim assim. Ficar um tempo consigo mesmo refletindo pensando, em como ser você, como melhorar como pessoa sem deixar sua personalidade de lado. O fato é que as pessoas estão se ocupando em ser alguém que elas não são, só pra chamar atenção do cara ou da garota. Faz uma lista de exigências, e se alguém não atender pelo menos uns 99,9% dela, tá fora.
Eu não posso me responsabilizar se você colocar o dedo na tomada, mesmo depois de ser avisado que ali vai dar choque. Se eu disser pra você, "não atravesse a rua agora" é porque vem carro, e você pode ser atropelado. Já viu como algumas pessoas são quando se trata de uma câmera, tem sempre um metido na frente que quer porque quer sair na foto de qualquer maneira, ou então aquele engraçadinho que fica atrás do repórter passando pra lá e pra cá fazendo de conta que tá com vergonha.
Blog - Então você está dizendo que as pessoas se apressam demais..?
Cupido - Isso! As vezes uma pessoa tem tanto medo de ficar só, que não sabe esperar sua vez e já sai se atirando. Tudo tem seu tempo. Uma borboleta jamais vai voar se ela não passar pela fase de lagarta, e depois no seu casulo. O seu casulo, é aquela fase de auto conhecimento, namorar consigo mesmo, gostar de si, aprender mais sobre si, para então estar aberto a outra pessoa. E quando você coloca o carro na frente dos cavalos corre-se o risco de haver um acidente e pode perder carro com cavalo e tudo...
Blog - Por que você utilizou a expressão "carro na frente dos cavalos"? Normalmente é "boi".
Cupido - Eu sou um mito grego, e no fim das contas da quase no mesmo, a não ser pela parte em que o cavalo corre muito mais rápido que o boi, entendeu?
Blog - Ah sim! Certo...
Você tem algum comentário ou conselho para os apaixonados ou para os que querem se apaixonar?
Cupido - Tenho, principalmente para os que estão procurando por alguém. 
Quieta o facho e larga mão de ser apressadinho, porque você faz a cagada e depois eu que pago do pato.

sábado, 31 de março de 2012

Pau de arara

Haveria quem acreditasse veementemente numa política flexibilizada, surrealista e proteica se não fosse o fato de colocar as mãos no bolso e dispensar um cento a cada ação do dia. 
Os olhos mal se abrem, e seu porquinho já corre o risco de "suínos magros". Épocas críticas, difíceis de se entenderem, mas é preciso tomar as rédeas do marruá, antes que se perca na invernada.
Cesar retorna sempre com muita força e sede, ambiciona por mais servos. Um papinho com Goebels e cria-se a imagem da liberdade, do ser livre, apenas amarrados aos ideais de um sociedade tão parelha quanto os dentes de um bebê.
E falando em bebê, ele está chorando, esperneando. O que será?
É só fazer umas caretinhas e dar uma chupeta e ele fica quietinho. Dormindo
Agora é só cuidar do serviço, sem fazer barulho, pra não acordar o monstrinho.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Olha o picolé!

E ao longe eu podia ouvir:
- Ooooooooolhaaooopiicoléeeeeeeiaaaaaaamassiiiinhaaaiamóooreninha.
Impressionante o fôlego daquele picolezeiro. Parte dos meus exercícios vocais aprendi com ele. Então já crescida, tomei outros rumos.
As pessoas vem e vão, e sem que possamos notar elas dão um pequeno toque nessa pintura maluca que chamamos de vida. O tio do picolé, o bêbado da calçada, a velha da casa da esquina, o cara com o cachorro, o casal de namorado que ao se beijarem fazia a gente dizer "eca". 
E um certo dia voltando a cidade, lá vinha ele rua acima. Me espantei com o fato de ele estar como sempre o vi, um senhor, idoso, branco, avermelhado, dos olhos verdes claros, vestido com uma camisa, calça social meio acabada, e uma pargata. A diferença é que alguns anos, ele mal gritava na esquina e a molecada já corria com as moedinhas. "Tio, quanto tá o picolé de limão?, Eu quero o de chocolate..." 
As árvores tomavam conta da rua, talvez fosse o motivo pelo qual não fizesse tanto calor. Quando o sol rachava de quente, era embaixo delas que encontrávamos abrigo. Lembro de uma senhora grávida que descia do posto de saúde. Ela simplesmente parou embaixo da árvore e pediu um copo com água. Ficou sentada ali por um bom tempo, ofereci ajuda a ela, mas, disse pra não me preocupar, e agradeceu. 
Aos poucos as ruas tomaram diferentes aspectos, as árvores foram desaparecendo.
Hoje a vizinhança mudou, os muros estão mais altos, quase não se pode ver as janelas, e os pais preferem levar seus filhos em uma sorveteria, a deixar que comprem bobagens na rua. Mesmo assim, ele vem todos os dias, com seu grito de sempre.
A verdade, eu realmente sinto falta de quando eu podia subir na árvore e ficar nas últimas galhas, balançando de um lado para o outro, quase matando a minha mãe do coração, de tanta preocupação.
A lição que levo comigo, é que sempre devemos olhar para frente e enxergar além do horizonte, fazer das  mãos um pequeno esconderijo para proteger do sol forte, mas não me privar de poder contemplar quando ele estiver nascendo, nem quando se por. E claro, estar sempre atenta quando no calor agonizante a oportunidade vier gritando rua acima oferecendo alívio para os dias tão pesados e intensos.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Politicar ou não votar

Então vamos discutir sobre política... ou político?
Ah sim! Vamos falar das péssimas condições das nossas cidades, o caos na saúde pública, o descaso com a educação, os impostos absurdos... 
Nãaaaoooo!!!
Vamos falar de memória curta ou fraca. De acordo com a psicologia, memória fraca, pode ser causado por stress, cansaço, insônia ou falta de sono adequado. No entanto, existe um outro fator que a psicologia não adicionou, como o "dinheiro". 
Explico.
Alguns dias postei um comentário no Facebook do porque o nosso país ter políticos tão corruptos, observando a "evolução humana", etc e tal, cheguei a conclusão que no fim das contas as pessoas gostam mesmo ter o que reclamar, pelo menos a maioria delas.
Um dos que também participavam dos comentários logo rebateu dizendo que era fácil criticar alguém que passa fome, e muitas vezes troca o voto por uma cesta básica. Eu não queria ter dito nada, mas a minha teimosia foi mais forte, e logo retruquei. De modo que as pessoas "eleitores" que vendem seus votos não são tão carentes, ainda se fosse, porque elas não denunciam? Ignorância?
Por tudo que é mais sagrado, será que a TV e os meios de comunicação ficaram tão banais que não falam sobre os direitos e deveres de um cidadão e de um eleitor?
Por que então é mais fácil para esse ser humano comprar uma caixa de som potente e fazer festa todo o fim de semana, mesmo não tendo um grão de arroz no armário? Como ele tem acesso a um aparelho celular, tablet ou qualquer outro equipamento de lançamento e não pode pagar seu material escolar?
Uma pessoa vende seus direitos e de sua família para obter um benefício momentâneo, podemos então concluir que a raiz da corrupção deste país não está exatamente nos políticos, e sim no eleitor. 
Uma igreja se presta a palco politiqueiro, pastores induzindo os membros da igreja a apoiar uma pessoa, por vezes sob condições de podemos assim dizer, chantagens. Se você não votar no irmão "Fulano" estará desobedecendo as ordens de "Deus". Que Deus?
Por que precisamos votar no fulano por um motivo bem racional... Que razão?
Se somos muitos, por que sofremos nas unhas de poucos? Simplesmente porque estamos acostumados a nos contentar com merrecas? Todos querem seus direitos, mas deveres!!! É conversa.