quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A política e a Igreja.

A Igreja e a Política são duas forças antagônicas que levantam muitos argumentos, perguntas e dúvidas. Como podemos definir a política? Ela pode se misturar com a Igreja?
Hinkelammert define política como: A arte do possível, a política entra na consciência atual a partir do momento no qual o homem começa a modelar a sociedade com base em projetos de uma sociedade a construir.
Corbisier em sua obra As Institutas da Religião Cristã. Define política como: A ciência da conquista “voto” organização e conservação do poder.
Munayer define corretamente os termos polis e eklesia como exercícios naturais, organizações ou poderes antagônicos que foi completada com a definição de John Stott: Política é a arte de viver juntos em comunidade é a ciência de governar (P.28,1994).
Por vota dos anos 90, houve uma preocupação com o envolvimento dos cristãos com a política, questões como "Por que e para que,entrar na política?", para melhor participar das estruturas seculares.
Em 1986 o Brasil se torna o primeiro país com a presença significativa eleitoral e parlamentar de protestantes, formando assim a bancada evangélica, recentemente essa bancada esteve envolvida em escandalos, como sangessuga e superfaturamentos das ambulâncias.
Novamente os conflitos em torno da Igreja e da política se divergem, apresentados sob forma de protestos de que a igreja não deve se meter com a política, mas a igreja atual tem lutado com este conceito.
Podemos argumentar que política e igreja realmente não se misturam, já que estão envolvidas num jogo de poder, para que nenhum dos dois lados tenha seu território invadido. Quando a política se mistura com a religião, a igreja perde a essência religiosa e profética.
Jesus ao criar a igreja, não teve a intenção de que fosse uma organização poderosa, mas que fosse disseminada na sociedade imperceptivelmente, fazendo com que esta impedisse a deterioração da sociedade.
Para entender claramente as definições de política e igreja, podemos levar em conta o seguinte versículo segundo as palavras de Jesus; Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mat 22.21). Essas palavras expressam dois princípios; primeiro a existência de dois poderes; o Estado sendo reino terreno e a Igreja sendo, corpo místico de Cristo. Segundo: Esses dois poderes são essencialmente de natureza diferente, assim como seus fins.

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