sexta-feira, 1 de abril de 2011

Uma coisa leva à outra.

Uma vez me disseram, que quando você começa pensar muito na sua infância ou você vai morrer ou vai casar... rsrsrs
Eu ainda acho que não é verdade, aliás tenho certeza. O fato é que em pleno dia da mentira eu estava lendo um blog com mais atenção, e voltei lá no passado. Naquele tempo em que eu dava muita dor de cabeça pra minha mãe. Como eu era atentada, meu Deus!
Segundo a minha mãe, a minha primeira arte foi ficar pulando dentro da banheira enquanto ela me dava banho, ela virou as costas por um instante pra pegar a manta, e eu já estava no chão. Depois foi num jantar, eu queria pegar um doce ou sei lá o que, meus pais não deixaram, então eu puxei a toalha da mesa, e tudo que tinha nela foi parar no chão... imagina a vergonha dos meus pais hihihi.
Mas hoje eu lembrei do primeiro tombo de cima da árvore. No quintal de casa tinha um abacateiro, ali era meu refúgio, subia e ficava brincando nas primeiras galhas. Quando queria explorar mais, eu subia no topo e ficava balançando de um lado para o outro, minha mãe quase morria do coração. Eu não tinha medo, quanto mais alto, melhor, principalmente de manhã cedo e no fim de tarde, eu queria ver o sol.
Comecei a ter coleguinhas, eles iam lá pra casa e acabava subindo no pé de abacate, até que um dia, um deles encasquetou de me beijar, viu o irmão mais velho fazer, então queria imitar... Na tentativa de fuga eu acabei escorregando numa das galhas, e caí no chão de costas, ele desceu depressa da árvore e disse pra mãe dele que eu tava pulando de uma galha pra outra. Naquele momento eu só queria matá-lo com as minhas próprias mãos, mas eu não tinha força nem pra dizer que aquilo era mentira, eu mal conseguia ficar de olhos abertos. Minha mãe saiu correndo pra me acudir, e o engraçadinho deu linha na pipa. Apesar de ter contado pra mãe dele, ela simplismente riu e disse que era coisa de criança. Até que eu derrubei ele do escorrega na escola, aí sim ela ficou irada. Mas era coisa de criança né?
Na escola eu não tinha muita vez, eu não podia brincar com os meninos porque futebol não era coisa de menina, e eu não podia brincar com as meninas porque eu parecia um menino, então eu procurava uma árvore pra subir, e os colegas foram chegando, e ali tinha os amigos da árvore. Qual não foi a minha decepção quando a cortaram, ainda não sei o porquê.
A primeira vez que assisti um jogo de futebol numa TV a cores, foi de cima de um pé de manga. Eu subi no muro, me agarrei a uma das galhas e fui andando até o ponto de poder ver, todos gritavam na sala, menos eu, não queria que soubessem que eu estava ali. Enquanto eles comiam pipoca eu pegava uma manga fresquinha, e quando o jogo estava acabando, eu saía de fininho, e de cima do muro pulava no morro de areia.
Esconde- esconde... quem nunca brincou? Adivinha onde eu gostava de me esconder? Principalmente porque brincava a noite, eu era mestre, enquanto se contorciam pra ver quem estava na árvore, eu prontamente pulava e ia me salvar.
Eu tinha um sonho de um dia poder fazer uma casa na árvore. Quem sabe eu não faça... nem que seja para meus filhos brincarem.

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